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6 em cada 10 motoristas de Uber não querem carteira assinada, segundo Datafolha



Uma pesquisa Datafolha, realizada a pedido da empresa Uber e divulgada na quinta-feira, mostra que 6 em cada 10 motoristas do aplicativo não querem ter carteira assinada. O instituto ouviu 1,8 mil profissionais entre maio e agosto deste ano, nas cinco regiões brasileiras; a pesquisa tem margem de erro de dois pontos porcentuais para mais ou para menos, e 95% de nível de confiança. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.

Mesmo se mantivessem a renda líquida atual, 54% dos motoristas entrevistados não aceitariam passar para o regime de carteira assinada, regido pela Consolidação das Leis do Trabalho. Metade deles afirmou que, se a Justiça forçasse a adoção de vínculo empregatício pela CLT aos motoristas de aplicativo, deixariam a atividade para procurar outro tipo de trabalho autônomo; outros 34% responderam que tentariam ser registrados pelos aplicativos para os quais trabalham. Quando casos envolvendo o reconhecimento de vínculo empregatício chegam aos tribunais, a Justiça do Trabalho costuma dar decisões obrigando o registro, mas o STF tem cassado essas decisões; agora, a corte julga um caso que terá repercussão geral e deverá pacificar de vez a questão. A insegurança jurídica causa apreensão em 56% dos entrevistados.

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A liberdade para escolher quando trabalhar é apontada como motivação por 93% dos motoristas – a autonomia é mais valorizada que eventuais benefícios que viriam com a carteira assinada, como FGTS e 13.º salário. Já entre as preocupações, a manutenção do veículo, citada por 49%, supera o medo de assaltos (37%) ou a possibilidade de ficar sem renda em caso de acidente (36%). Embora recusem a intermediação estatal por meio da carteira assinada, os motoristas gostariam de ajuda governamental, na forma de subsídios ou linhas especiais de financiamento, para trocar ou adquirir veículos – essa é a prioridade para 52% dos entrevistados.

A pesquisa também traçou um perfil dos motoristas: 92% são homens, 90% são chefes de família e 55% têm nos aplicativos a única fonte de renda. Pouco mais de dois terços dos entrevistados têm renda de até dois salários mínimos, e uma parcela ainda maior (72%) pretende continuar dirigindo apesar da remuneração baixa.



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