TikTok nos EUA: entenda o que pode acontecer com o app no domingo após decisão da Suprema Corte

Juízes decidiram a favor de lei que pode bloquear operação da rede social no país. Especialistas indicam que o aplicativo não deve desaparecer dos celulares, mas não poderá mais ser atualizado. Logo do aplicativo Tiktok aparece sobre tela de um celular
Kiichiro Sato/AP
A Suprema Corte dos Estados Unidos decidiu nesta sexta-feira (17) a favor da lei federal que determina que o TikTok pode ter sua operação no país bloqueada a partir deste domingo (19) caso não seja vendido.
No entanto, ainda não está claro o que realmente acontecerá com o TikTok no país neste domingo. Segundo a agência Associated Press, especialistas indicam que o aplicativo não vai desaparecer dos celulares, mas não será mais possível baixá-lo em lojas como a Play Store, do Google, e a App Store, da Apple.
Além disso, usuários nos EUA não receberão atualizações da plataforma, o que em algum momento fará o aplicativo apresentar falhas para seus usuários, segundo afirmou o Departamento de Justiça norte-americano no processo.
Ainda de acordo com a lei, serviços de hospedagem dos EUA também serão impedidos de trabalharem com o TikTok.
Segundo o The New York Times, as empresas que desrespeitarem a legislação estão sujeitas a multas de até US$ 5 mil para cada usuário que acessar o app – o TikTok tem 170 milhões de usuários nos Estados Unidos.
Implementação da lei fica com gestão Trump, diz Casa Branca
Em um comunicado divulgado após a decisão da Suprema Corte, a porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, disse que as ações para a implementação da lei “devem ficar para a próxima gestão, que toma posse nesta segunda”.
Ela também reiterou o posicionamento de Biden de que o TikTok “deveria permanecer disponível nos EUA, mas sob propriedade norte-americana ou outro proprietário que trate sobre as preocupações de segurança nacional identificadas pelo Congresso na elaboração dessa lei”.
Trump diz que tomará decisão sobre o app
O presidente eleito dos EUA, Donald Trump, assume na segunda-feira (20), um dia após o prazo determinado pela lei. Ele já disse, no fim do ano passado, que poderia negociar uma solução para que a plataforma não fique indisponível.
Trump falou sobre a decisão da Suprema Corte nesta sexta. Ele afirmou, em entrevista à CNN, que “tomará uma decisão sobre a plataforma”, mas não deu mais detalhes. “No final das contas, depende de mim, então vocês vão ver o que eu vou fazer”, disse o presidente eleito.



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