Deu Novak Djokovic no grande duelo das quartas de final do Australian Open, finalizado já na madrugada australiana de quarta-feira (22). O sérvio de 37 anos derrotou o espanhol Carlos Alcaraz, de 21, e continuou sua caminhada na tentativa de erguer pela 11ª vez o troféu do Grand Slam disputado em Melbourne.
Atual número sete no ranking masculino, ele superou dores na perna esquerda para chegar ao triunfo de virada sobre o número três do mundo. Com um tênis de alto nível na Rod Laver Arena, no Melbourne Park, fechou a partida em 3 sets a 1, parciais de 4/6, 6/4, 6/3 e 6/4, em três horas e 37 minutos.
O próximo compromisso do craque será contra o alemão Alexander Zverev, segundo na lista da ATP (Associação dos Tenistas Profissionais). O outro lado da chave terá as quartas de final realizadas na quarta-feira da Austrália, com os embates Jannik Sinner (ITA) x Alex de Minaur (AUS) e Ben Shelton (EUA) x Lorenzo Sonego (ITA).
Djokovic agora tem vantagem de 5 a 3 nos confrontos com Alcaraz, sua vítima também na final dos Jogos Olímpicos de Paris, no ano passado. E está a dois jogos de estabelecer o recorde absoluto em títulos da série Grand Slam, que reúne os quatro principais do tênis. Hoje, ele tem 24, mesmo número obtido pela australiana Margaret Court entre os anos 1960 e 1970.
O sérvio chamou durante toda a partida o público, com quem tem uma relação calorosa, para o bem e para o mal. Deportado da Austrália em 2022 por não ter se vacinado contra a Covid-19, ele não gostou de piadas de um jornalista local e se recusou a conceder entrevista ao fim de seu jogo anterior, nas quartas de final. Desta vez, foram só aplausos.
“Ganhei com minhas duas pernas e dois braços”, sorriu, disposto a longa entrevista em quadra ao ex-jogador Jim Courier. “Ou uma perna e meia. Não quero revelar muito sobre a lesão, porque ainda estou no campeonato, mas a medicação funcionou, ajudou. Tomei mais uma dose… Bom, isso soa horrível”, acrescentou, lembrando-se da saga da vacina.
Novak voltou a manifestar seu “máximo respeito” por Alcaraz e disse ter feito uma de suas “partidas mais épicas”. Agora, só quer descansar até o duelo com Zverev, que ocorrerá apenas na sexta-feira (24). “O dia a mais de repouso vem em um bom momento. Só estou pensando agora na recuperação.
Na chave feminina, a russa Aryna Sabalenka, número um do mundo, avançou para as semifinais e enfrentará a espanhola Paula Badosa, 12ª no ranking. O outro lado da chave ainda está nas quartas de final, que ocorrerão na quarta-feira australiana: Madison Keys (EUA) x Elina Svitolina (UCR) e Iga Swiatek (POL) x Emma Navarro (EUA).
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