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Dólar fecha a R$ 5,85 após decisão do Copom e falas de Lula



O dólar comercial fechou a sessão desta quinta-feira (30) em baixa de 0,24%, cotado a R$ 5,852 na venda, no nono recuo consecutivo. Esta é a maior sequência de quedas seguidas desde julho de 2017. Na máxima, a divisa bateu R$ 5,952 e na mínima foi a R$ 5,851.

O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3), subiu 2,82%, aos 126.912 pontos. Entre os fatores que influenciaram o resultado, está a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central que aumentou a taxa básica de juros em 1 ponto percentual, de 12,25% para 13,25% ao ano, nesta quarta (29).

O mercado recebeu bem as declarações do presidente Lula (PT) durante uma coletiva de imprensa no Palácio do Planalto. O petista reforçou a independência do BC e do novo presidente da autarquia, Gabriel Galípolo, e garantiu que segue comprometido com a responsabilidade fiscal.

“Tenho consciência que em um país como o Brasil, o presidente do Banco Central não pode dar cavalo de pau em um mar revolto de uma hora para outra. Já estava praticamente demarcado a necessidade da subida de juros pelo outro presidente, e o Galípolo fez o que ele entendeu o que deveria fazer”, afirmou.

Além disso, o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, anunciou que houve uma redução de 1,12% (535.547) na criação de empregos em dezembro de 2024, o que pode sinalizar uma folga na inflação. Segundo dados do Novo Caged, o saldo de empregos formais em 2024 (janeiro a dezembro) teve um crescimento de 16,5% em relação ao saldo registrado em 2023.

A relação entre empregos, salários e inflação tem influenciado o debate sobre a Selic. Em nota, o Copom afirmou que o aumento dos juros é necessário para conter a inflação e destacou que, “sem prejuízo de seu objetivo fundamental de assegurar a estabilidade de preços, essa decisão também implica suavização das flutuações do nível de atividade econômica e fomento do pleno emprego”.

No cenário externo, segue a incerteza sobre a concretização das tarifas comerciais anunciadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, contra outros países.



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