O presidente Lula se queixou nesta quinta-feira (6) da ausência do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), em sua primeira agenda fora de Brasília após a cirurgia no crânio, em dezembro.
Castro não compareceu à cerimônia de entrega da nova emergência do Hospital Federal de Bonsucesso, na capital fluminense.
“O governador foi convidado e não veio. Mas ele foi convidado. Não quero saber de que partido é o governador, de que religião ele é, qual time que ele torce. Quero saber que, bem ou mal, eles são eleitos pelo povo. Ele foi convidado para vir aqui e convido a todos, até aqueles que, de forma irresponsável, fazem críticas ao meu governo. Ele poderia ter vindo aqui e feito um discurso para vocês sobre como o estado vai cuidar da saúde”, disse o presidente.
O presidente estava ao lado do prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), que vem fazendo críticas públicas sobre a gestão Castro, em especial à segurança pública.
Em sua fala, Paes não mencionou o governador e comemorou o fato de a cidade ter sido o primeiro destino de viagens do presidente após a cirurgia.
“Uma salva para o mais carioca de todos os presidentes, presidente Lula. O [ministro da Casa Civil] Rui Costa, eu sei, queria levar ele para a Bahia, que é o único lugar nesse país comparável ao Rio de Janeiro”, disse o prefeito.
O prefeito também ironizou o recente uso de bonés como forma de transmissão de mensagens políticas. Lula usou dois na cerimônia desta quinta: um com o brazão da República e outro da Força Nacional do SUS.
“É bom ver o senhor com saúde de novo. Acho o chapéu panamá mais bonito que boné. Mas é muito bom saber que o presidente da República, depois que se recupera, o primeiro lugar que ele escolhe para vir é mais uma vez o lugar que ele mais ama nesse Brasil, que é o nosso Rio de Janeiro.”
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