O presidente Lula (PT) e a ministra da Saúde, Nísia Trindade, participam de evento no Palácio do Planalto nesta terça-feira (25) em meio à fritura da integrante do governo e à provável iminência de sua saída.
Nísia deve anunciar novos acordos para produção de vacinas, inclusive da dengue, além de medicamentos e outros insumos.
O presidente já comunicou a aliados que vai substituí-la na reforma ministerial em discussão. A gestão de Nísia tem sido alvo de queixas tanto de membros do Congresso como do Palácio do Planalto, além do próprio presidente, que cobra a criação de uma marca forte na área da saúde.
A equipe de Nísia considera o evento positivo para a permanência da socióloga à frente da pasta da Saúde. Nesta segunda-feira (24), a ministra se reuniu com auxiliares para preparar a apresentação ao evento no Planalto, além de compilar dados de sua gestão para levar ao presidente.
O nome mais forte para substituí-la é o do ministro Alexandre Padilha (Secretaria de Relações Institucionais), que foi titular da pasta na gestão de Dilma Rousseff (PT).
Aliados relatam que o presidente já não esconde sua frustração com o desempenho de Nísia. Nos últimos dois anos, a gestão da ministra ficou marcada por críticas, crises sanitárias e a pressão do centrão para ampliar o controle sobre o orçamento da pasta, mas Lula chegou a fazer defesa pública dela, que entrou no cargo com perfil de técnica.
Nas últimas semanas, Nísia intensificou a agenda de viagens e eventos para promover o Mais Acesso a Especialistas. O plano para elevar a popularidade do programa ganhou urgência dentro da pasta no momento em que o governo Lula (PT) discute uma reforma ministerial. Nísia tem sido cobrada pelo próprio presidente pela falta de uma marca forte para sua gestão.
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