O deputado Lindbergh Farias (RJ), líder do PT na Câmara, apresentou ao STF (Supremo Tribunal Federal) nesta segunda-feira (17) uma queixa-crime contra o deputado Gustavo Gayer (PL-GO) por injúria e difamação depois de o bolsonarista fazer ataques ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), à ministra da Secretaria das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, e a Lindbergh, marido dela, por meio das redes sociais.
“O querelado, em manifestações criminosas, utilizou-se de sua ampla plataforma digital para promover ataques gratuitos e infundados, desferindo expressões agressivas que extrapolam qualquer limite do discurso político aceitável”, diz Lindbergh, na ação.
O processo ainda aguarda definição de relatoria na corte.
No último dia 12, após Lula chamar a ministra de “mulher bonita” —o que gerou críticas pelo teor machista da declaração—, Gayer disse que o chefe do Executivo estava “oferecendo” Gleisi ao presidente do Senado Federal, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) e também ao presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), “como um cafetão oferece uma GP [garota de programa]”.
O parlamentar também insinuou que a ministra e seu marido fariam um trisal com o presidente do Senado. No dia 13, Alcolumbre afirmou que entraria com uma representação no Conselho de Ética da Câmara e com uma ação judicial contra o bolsonarista.
Ao Supremo, Lindbergh afirma que as manifestações do deputado do PL não têm vínculo com o exercício regular do mandato. Assim, Gayer não teria a proteção da imunidade material parlamentar.
“O comportamento irresponsável e provocativo do querelado alimenta a rivalidade política já existente, prejudicando o ambiente democrático e desestabilizando o convívio social”, diz o líder do PT na Câmara.
O bolsonarista apagou as publicações. “Percebi que era um tweet mal elaborado, infeliz, e o deletei”, afirmou, por meio de um vídeo.
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