O ministro israelense da Defesa, Israel Katz, ameaçou anexar parte da Faixa de Gaza caso o grupo terrorista Hamas não liberte os reféns ainda sob seu poder.
“Ordenei ao Exército que se apodere de mais território em Gaza”, disse Katz, nesta sexta-feira (21). “Quanto mais o Hamas se recusar a libertar os reféns, mais território perderá, que será anexado por Israel“, afirmou o ministro, ameaçando com uma “ocupação permanente” de algumas áreas dentro da Faixa de Gaza.
Katz disse que Tel Aviv está intensificando os ataques por ar, terra e mar em Gaza para pressionar o Hamas a libertar os sequestrados restantes, e também retirar civis para o sul do território.
Após quase dois meses de relativa calma, os habitantes de Gaza voltaram a fugir para sobreviver depois que Israel efetivamente abandonou o cessar-fogo nesta semana, quando lançou nova campanha de bombardeios aéreos e terrestres contra o Hamas.
O primeiro dia dos ataques aéreos retomados na terça (18) matou mais de 400 palestinos, um dos dias mais mortais da guerra de 17 meses, com pouca trégua desde então.
Na quinta-feira (20), o governo de Netanyahu aprovou a demissão de Ronen Bar, o chefe do Shin Bet, serviço interno de inteligência de Israel. A decisão, considerada controversa, deverá motivar mais protestos no país.
Trata-se da primeira vez na história de Israel que um governo demite o diretor do Shin Bet, segundo o jornal The Times of Israel.
Em Jerusalém, milhares de manifestantes protestaram contra o premiê na quinta pelo segundo dia consecutivo. Bibi, como o primeiro-ministro é conhecido, é acusado de adotar uma guinada antidemocrática e de continuar a guerra contra o Hamas sem levar em consideração o risco para os reféns. Na véspera, manifestação semelhante foi a maior dos últimos meses.
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