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‘The White Lotus’: Patrick Schwarzenegger fala sobre série – 23/03/2025 – Cinema e Séries



The New York Times

No set da terceira temporada de “The White Lotus“, que foi filmada durante sete meses pegajosos em hotéis de luxo em Bangcoc e Koh Samui, na Tailândia, o autor e diretor Mike White tinha uma observação repetida para o ator Patrick Schwarzenegger.

“Você não está andando como um rico o suficiente”, White gritava do outro lado da piscina. “Patrick, seja mais rico.”

Schwarzenegger, de 31 anos, relembrou isso —incorporando uma imitação impecável de White— em uma manhã ensolarada em uma cafeteria no bairro de Tribeca, em Manhattan. “Sou grato a cada dia pela vida que recebi”, disse ele enquanto comia iogurte com frutas.

White via essa ingenuidade como genuína. “Patrick é apenas alguém que gosta de pessoas, e as pessoas gostam dele”, disse White em uma ligação no início daquela semana. “Ele é um ator sincero, mas é descomplicado na sua apresentação de si mesmo.”

Schwarzenegger veio à cidade para fazer alguns dias de divulgação para “The White Lotus”, seu projeto de maior destaque até agora. Ele interpreta Saxon, o filho mais velho de um casal rico da Carolina do Norte (Parker Posey e Jason Isaacs). Um confiante “bro” das finanças, Saxon tem entre seus passatempos preferidos smoothies, pornografia e observações sobre a vida sexual de seus irmãos.

“Ela é bem gostosa”, ele diz ao irmão (Sam Nivola), falando sobre a irmã (Sarah Catherine Hook). “Mas acho que ela nunca transou antes.”

Schwarzenegger, que brilhava sob a iluminação do café, frequentemente interpreta jovens privilegiados. Seu personagem em “Gen V“, a série da Amazon ambientada na faculdade que é um complemento de “The Boys“, é chamado de Golden Boy.

Esse tipo de escalação não é complicada: Schwarzenegger tem olhos bem separados, cabelo dourado, uma atitude de alta classe. Esse comportamento garante um currículo de atletas e garotos bonitos. Mas em seus melhores trabalho —”Gen V”, a série limitada da HBO “A Escada” e agora “The White Lotus”— ele consegue penetrar na pele bem cuidada desses jovens, mostrando algo mais sombrio e ferido.

“Ele tem essa qualidade de Tom Cruise, onde ele é muito alegre, mas por baixo há essa raiva”, disse White sobre a persona de Schwarzenegger na tela.

À primeira vista, Schwarzenegger e Saxon são parecidos. Ambos entraram em fraternidades na faculdade. Ambos estudaram negócios. Nenhum deles economiza no dia de treino de braço. Mesmo em seu tempo livre, Schwarzenegger não anda exatamente como um pobre.

Schwarzenegger é o filho mais velho de Arnold Schwarzenegger e Maria Shriver, o que significa que ele descende tanto da realeza de Hollywood quanto da política —os pais de Shriver eram Eunice Kennedy e Sargent Shriver. Ele não nega sua boa sorte ou as vantagens que isso traz.

“Você teria que estar totalmente fora da realidade para não entender o privilégio”, disse ele. Ele está feliz em emprestar um pouco disso a Saxon, mas é rápido em listar as diferenças entre eles, que ele identificou como “seus níveis de vulnerabilidade, seus relacionamentos, o que ele valoriza na vida”. Ele também mencionou o gosto diverso em trajes de banho.

Seus colegas notaram outras diferenças. Posey, sua colega de elenco, disse que ele tinha muita graça, muita maturidade. Ele era, ela disse, um jovem muito agradável. “Meu filho perfeito”, ela disse, com o sotaque afetado por lorazepam de sua personagem.

White disse: “Ele tem um pouco de vibe de ‘bro’ de academia, mas ele é apenas uma pessoa muito gentil”. Essa gentileza foi evidente durante a entrevista e depois, quando ele me enviou uma nota de agradecimento. “Continue o ótimo trabalho”, ele escreveu encorajadoramente.

Como muitos filhos de pais na indústria, Schwarzenegger passou grande parte de sua infância no set, fazendo lição de casa no trailer do pai, fazendo sanduíches de manteiga de amendoim nos serviços de catering. Ele queria ser ator porque era o que seu pai fazia. Ele também havia feito peças escolares e adorava a experiência, disse ele, de “tentar ser totalmente outra pessoa.”

Isso foi uma surpresa. Por que ser alguém além de Patrick Schwarzenegger? Ele pensou sobre isso por um tempo. “É estranho”, ele disse. “Eu amo minha vida. Mas sim, não sei. É divertido interpretar outra pessoa.”

Enquanto fazia um curso secundário em artes cinematográficas na Universidade do Sul da Califórnia (seu pai o incentivou a se formar em negócios) e estudava em um estúdio externo, Schwarzenegger começou a conseguir papéis —um vídeo de Ariana Grande, um episódio de “Scream Queens“, uma comédia romântica chamada “Ligados Pelo Amor”.

Durante os confinamentos da pandemia, quando a produção parou quase em todos os lugares, ele decidiu buscar papéis mais desafiadores —personagens que eram, ele disse, “mais dramáticos e profundos.” Logo ele foi contratado para “A Escada.” “Gen V” e “American Sports Story”, no qual interpretou Tim Tebow, seguiram.

Seu personagem em “The White Lotus” foi descrito, brevemente, como um cara das finanças do sul e um flerte incontrolável. Seu cunhado, o ator Chris Pratt, deu-lhe um conselho: um papel como esse seria competitivo, então Schwarzenegger deveria fazer algo para se destacar.

Então, nos primeiros momentos da audição, ele olhou para a câmera de cima a baixo, inclinou a cabeça, lambeu os lábios, flertando com a câmera. Ele demonstrou isso para mim, na cafeteria, e mesmo falando como uma mãe de 40 e poucos anos que não tem tempo para bobagens, funciona. White viu isso.

O pedigree de Schwarzenegger não o impressionou. “Pessoas famosas, às vezes a bagagem que vem com isso é simplesmente um desestímulo”, disse White. Mas ele gostou da abordagem de Schwarzenegger, principalmente porque ele tratou o personagem com absoluta seriedade.

“Ele foi simplesmente muito mais engraçado do que qualquer uma das outras audições”, disse White. “Era vida ou morte, a maneira como ele interpretou a cena.”

Antes de voar para a Tailândia, uma diferença de fuso de 14 horas de sua noiva, Abby Champion, e da família, Schwarzenegger elaborou uma história de fundo elaborada para Saxon. No set, seus colegas disseram, ele era uma presença invariavelmente positiva, um animador lá para motivar o elenco e a equipe.

O papel exigia nudez e pelo menos uma cena de sexo perturbadora. Ele não tinha problema com isso. Era o certo para o personagem, ele disse —tão certo que ele optou por fazer uma cena no primeiro episódio sem as cuecas boxer que o figurino havia oferecido. “Se isso é desconfortável ou estranho para Patrick, não importa”, comentou Schwarzenegger.

Ele não tem certeza do que sua família pensará sobre o material mais explícito nos próximos episódios. Mas está animado para que os espectadores vejam que ele realmente pode atuar, que ele pode tornar o sofrimento de Saxon real e engraçado e até simpático. Ele pressionou White para permitir que Saxon se transformasse, mas White lembrou-lhe que uma estadia no White Lotus dura apenas uma semana. Não há necessariamente tempo para transformação.

Schwarzenegger pensa frequentemente sobre transformação. Ele está procurando um papel que retire essa aparência de garoto de ouro (falou, de forma elíptica e animada, sobre um potencial novo projeto que exigiria que ele mudasse radicalmente seu corpo). Talvez ele não queira a carreira de seu pai, que tem sido em grande parte variações de um tipo musculoso.

“Ele não me deu nenhuma dica ou orientação ou qualquer coisa”, disse ele sobre seu pai. “Eu nunca realmente perguntei a ele sobre atuação.”

E talvez ele seja esperto o suficiente para saber que nada que é dourado pode durar e seria sábio diversificar.

Ele também pensa sobre sucesso, um tema duradouro de “The White Lotus”, que mostra, temporada após temporada, que dinheiro e poder não são garantias de felicidade. Ter avós que ajudaram a criar o Corpo da Paz e fundaram a Special Olympics pode colocar as coisas em perspectiva.

“Eu luto com a ideia de tipo, eu devo estar aqui para algo mais”, ele disse. “Eu sinto esse tipo de chamado de Deus para sair e tentar fazer mais, que eu nunca estarei fazendo o suficiente para ajudar outras pessoas. E às vezes eu penso sobre atuar como, como eu justifico isso?”

Mas ele justifica. Ele começa todos os dias com oração e uma lista de gratidão, e quando seus dias de trabalho incluem filmagens em um iate na Tailândia, essa lista é bem fácil de fazer.

“Sou muito grato por estar aqui”, ele disse, sorrindo aquele sorriso de 24 quilates, fácil e sincero. “É um trabalho dos sonhos; é incrível.”



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