Um tribunal turco libertou nesta quinta-feira (27) o jornalista da Agence France-Presse Yasin Akgul, detido esta semana enquanto cobria os protestos em massa contra a prisão do prefeito de Istambul, Ekrem Imamoglu, informou a agência de notícias.
A detenção e subsequente prisão no domingo, por acusações de corrupção de Imamoglu, principal rival político do presidente Tayyip Erdogan, desencadearam as maiores manifestações antigovernamentais em todo o país em mais de uma década e levaram a prisões generalizadas.
Na terça-feira, um tribunal prendeu sete jornalistas à espera de julgamento, incluindo Akgul da AFP, por participarem de reuniões e marchas ilegais e “recusarem-se a dispersar apesar do aviso durante uma manifestação”, mostrou um documento do tribunal visto pela Reuters.
A emissora NTV disse que o tribunal libertou os outros seis jornalistas que também estavam detidos, todos eles locais.
Erdogan descartou os protestos como um “espetáculo” e alertou sobre consequências legais para aqueles que participarem, enquanto o principal partido de oposição, CHP, pediu que os protestos continuem e disse que aumentaria a pressão sobre o governo.
A oposição, países ocidentais e grupos de direitos humanos disseram que o caso contra Imamoglu, que lidera Erdogan em algumas pesquisas, foi uma manobra politizada para remover uma potencial ameaça eleitoral a Erdogan.
O governo nega qualquer influência sobre o judiciário e afirma que os tribunais são independentes.
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