domingo , 15 junho 2025
| Cidade Manchete
Lar Tecnologia Trump assina lei que criminaliza ‘pornografia de vingança’ e deepfakes sem consentimento
Tecnologia

Trump assina lei que criminaliza ‘pornografia de vingança’ e deepfakes sem consentimento




Legislação, que teve apoio tanto de democratas quanto de republicanos, prevê que infratores podem pegar até dois anos de prisão. Brasil também pune prática. Donald Trump e Melania Trump durante assinatura da lei que criminaliza a ‘pornografia de vingança’
REUTERS/Kevin Lamarque
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta segunda-feira (19) uma lei federal que pune quem divulga, ou ameaça divulgar, imagens íntimas sem autorização – prática conhecida como “pornografia de vingança”.
A lei, aprovada com amplo apoio no Congresso, também pune quem publica, ou ameaça publicar, deepfakes criadas por inteligência artificial sem a permissão da vítima.
A nova legislação também exige que sites e redes sociais removam imagens e vídeos em até 48 horas após a notificação da vítima. As plataformas devem adotar medidas para excluir o conteúdo que seja eventualmente replicado.
Os infratores estão sujeitos a:
Multa e/ou até 2 anos de prisão no caso de imagens reais ou deepfakes envolvendo adultos;
Multa e/ou até 3 anos de prisão no caso de imagens reais ou deepfakes envolvendo menores de 18 anos.
Apoio de democratas, republicanos e big techs
A lei foi apresentada pelo senador Ted Cruz, republicano do Texas, e pela senadora Amy Klobuchar, democrata de Minnesota. Depois, ela obteve apoio da primeira-dama, Melania Trump, que discursou junto com o presidente na assinatura do ato.
A Meta, dona do Facebook e do Instagram, disse apoiar a legislação.
“Ter uma imagem íntima — real ou gerada por IA — compartilhada sem consentimento pode ser devastador, e a Meta desenvolveu e apoia muitos esforços para ajudar a prevenir isso”, afirmou o porta-voz da Meta, Andy Stone, à Associated Press.
Segundo o site Wired, Google e Microsoft também manifestaram apoio à lei.
Brasil também pune crimes
No Brasil, a divulgação de imagens íntimas sem autorização é crime desde 2018. Outra lei da mesma época criminaliza o registro sem consentimento.
São elas:
Lei Rose Leonel (13.772/18): considera crime o “registro não autorizado da intimidade sexual”; punição é seis meses a 1 ano de detenção;
Lei 13.718/18: criminaliza a “divulgação de cena de estupro, sexo ou pornografia sem consentimento”, inclusive o compartilhamento; a pena varia de 1 a 5 anos de reclusão. Ela prevê agravamento da pena se o autor mantém ou manteve relação íntima de afeto com a vítima ou se o ato for por vingança ou humilhação, o que caracteriza a “pornografia de revanche”.
No último mês de abril, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionou uma lei que aumenta a pena para crimes de violência psicológica contra a mulher quando cometidos com o uso de inteligência artificial (IA) ou tecnologias que modifiquem imagem ou voz da vítima.
Antes, a pena para a violência psicológica contra a mulher era de seis meses a dois anos de reclusão. Com a nova lei, a punição foi aumentada em até 50% quando envolver utilização de IA ou qualquer outro recurso tecnológico que altere a imagem da vítima, como por exemplo, as deepfakes.
A legislação também aumentou a pena de dois anos para até seis anos de prisão para casos de divulgação de cenas de estupro ou de sexo sem consentimento.



Source link

Deixe um comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Artigos relacionados

Tecnologia

Marco civil da internet: como EUA e Europa tratam as 'big techs'

Disputas acontecem não só no Brasil, mas também em outros lugares, como...

Tecnologia

Gretchen consegue na Justiça que X exclua vídeo falso feito com IA; rede terá que revelar quem divulgou

Decisão do tribunal de São Paulo ocorreu no início de junho e...

Tecnologia

Procon-SP multa QuintoAndar em R$ 563,9 mil por práticas abusivas

Órgão afirma que o site de imóveis faz venda casada e descumpre...

Tecnologia

Google processa Latam nos EUA após aérea exigir remoção de vídeo que acusa funcionário de abuso sexual

Companhia pediu, em processo movido no Brasil, que vídeo seja retirado do...