O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) negou a distribuição de testes de gripe aviária com certificados vencidos. A pasta divulgou uma nota oficial para rebater uma reportagem publicada na quarta-feira (21) pelo jornal Folha de S. Paulo. De acordo com a publicação, o Mapa teria tentado enviar ao Rio Grande do Sul, em abril, caixas de testes com os certificados vencidos e materiais perto do fim do período de validade.
A Secretaria da Agricultura do Estado teria rejeitado os itens. No último dia 15, o governo detectou o primeiro caso de gripe aviária na cidade de Montenegro (RS). O ministério classificou a matéria como “falsa”, argumentando que informou aos Estados sobre a proximidade da data de expiração dos produtos.
Já a Folha frisou que, apesar do ministério negar a distribuição de testes vencidos, a declaração da Secretaria da Agricultura do Rio Grande do Sul indicou que parte dos itens estava com a data de validade vencida. No comunicado, a pasta “esclarece que são incorretas as informações sobre a distribuição de testes de gripe aviária com certificados vencidos”.
Segundo o ministério, com o avanço da doença em 2023, uma ação estratégica e preventiva foi adotada para “adquirir, de forma excepcional, insumos essenciais como swabs, meios de transporte de amostras e produtos para desinfecção”.
“O objetivo foi estruturar um estoque adicional de apoio, para ser utilizado em eventual necessidade de suporte aos Serviços Veterinários Estaduais, especialmente em casos de grande proporção”, diz a nota.
A pasta afirma que os insumos foram armazenados em unidades estratégicas, localizadas em diferentes regiões do país, para distribuição, mediante requisição. O Mapa ressaltou que informou aos estados que aceitassem os produtos que deveriam usá-los imediatamente.
“No início de 2025, ao identificar que parte do material estava com validade próxima (fins de maio e junho), o Mapa consultou os Serviços Veterinários Estaduais sobre o interesse em recebê-los, deixando claro que, em caso de aceite, o uso deveria ser imediato. A maioria optou por não receber os itens”, disse o ministério.
O Mapa destacou que o oferecimento dos testes “não configurou uma obrigação institucional”, mas sim de “uma medida de apoio emergencial, com o intuito de suprir eventuais lacunas em situações de extrema necessidade”.
“A responsabilidade primária pela aquisição e manutenção desses insumos permanece com os Serviços Veterinários Estaduais. O Mapa reitera seu compromisso com a transparência e o rigor técnico que pautam todas as suas ações”, enfatizou a pasta.
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