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Alta do IOF não ajuda nas contas públicas de 2026



As repercussões negativas entre lideranças do setor produtivo, do comércio e do mercado financeiro colocam em xeque o plano do governo de arrecadar R$ 20,5 bilhões e R$ 41 bilhões, respectivamente, em 2025 e 2026 com a alta do IOF. De todo modo, as contas do ano que vem estão sob risco e a meta de resultado primário terá de ser alterada em agosto, com ou sem IOF.

As projeções da Warren apontam para valores mais modestos: R$ 15 bilhões e R$ 30 bilhões, respectivamente, referentes aos incrementos gerados pelo decreto do IOF. Nos cálculos da instituição, a majoração de 1,88% para 3,95% nas alíquotas para as empresas possui potencial arrecadatório significativo, mesmo considerando provável redução na demanda de crédito.

Segundo Felipe Salto, economista-chefe da Warren, são cerca de R$ 200 bilhões ao mês em novas concessões de crédito para pessoas jurídicas, conforme dados do Banco Central, tomando-se médias mensais para períodos mais longos. “A despeito desse elevado potencial, a reação negativa de diferentes setores de atividade econômica poderia prejudicar a sustentação do decreto em seu formato original”, afirma.

Alta do IOF: meta fiscal de 2026 permanece inalcançável

As estimativas da instituição para o quadro fiscal em 2026 indicam que, mesmo em um cenário de preservação dos ganhos calculados pelo governo, a meta fiscal de superávit de 0,25% do PIB não seria alcançada. A banda inferior (zero) e o desconto de R$ 55 bilhões em precatórios não seriam instrumentos suficientes para cumprir a tarefa.

Neste caso, o cenário de alteração da meta, em agosto, seria quase inescapável. A apresentação de uma proposta orçamentária baseada em um cenário irrealista, como o do Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) enviado em abril ao Congresso, seria muito mal-recebida pelo mercado.

Há quase R$ 130 bilhões em receitas atípicas previstas no PLDO de 2026 – o mesmo problema do Orçamento do ano corrente, corrigido apenas agora, no relatório bimestral de maio, com uma revisão de mais de R$ 80 bilhões (para baixo) nas estimativas de receitas extraordinárias.



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