O carro de uma empresa provedora de internet foi incendiado na tarde desta quinta-feira (20) no bairro Farias Brito, em Fortaleza. Pertencente à Giga+, que já havia sofrido ataques anteriormente, o veículo ficou completamente destruído pelas chamas, que foram debeladas pelo Corpo de Bombeiros.
A provedora de internet já havia sido vítima no dia 27 de fevereiro, em que equipamentos foram danificados e furtados, mês em que os ataques foram iniciados em diversas cidades do Ceará. Caucaia, São Gonçalo do Amarante, Horizonte e Caridade também tiveram problemas no fornecimento do serviço.
Além da Giga+, as empresas Brisanet, Xconnect Telecom e A4 Telecom estão entre as atacadas. A Brisanet, inclusive, teve dois carros incendiados no dia 22 de fevereiro, em Jacarecanga, na periferia de Fortaleza.
A Xconnect Telecom relatou ter sofrido três ataques: no dia 22 de fevereiro, cortaram os cabos; no dia 24, arrancaram as caixas dos postes em Sítios Novos; no dia 9 de março, houve a quebra da loja.
Questionada, a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Ceará não informou quantos ataques já foram registrados no estado.
A pasta disse que está apurando o caso e que 28 pessoas foram presas suspeitas de envolvimento com os ataques.
Entre os presos, de acordo com a Polícia Civil, pelo menos três são apontados como chefes do grupo responsável pelos crimes. Dois foram presos ainda no início da Operação Strike, no dia 12 de março, enquanto o terceiro foi preso na manhã desta quinta.
O Ministério Público do Ceará ofereceu denúncia contra cinco homens investigados por ataques contra empresas de internet no Pecém, em São Gonçalo do Amarante, na terça-feira (18). O órgão disse não poder divulgar informações sobre os suspeitos.
Conforme as investigações, os criminosos ameaçavam as empresas e seus funcionários e exigiam parte do valor arrecadado com a mensalidade paga pelos clientes para que o sinal de internet continuasse a ser fornecido nas localidades.
Quem não aceitava tinha o patrimônio e a infraestrutura de distribuição destruídos, de acordo com a investigação. A polícia ainda aponta que a facção queria tomar o controle das operações nas regiões, vendendo um serviço próprio.
Nesta quarta-feira (19), a provedora de internet GPX Telecom anunciou o encerramento das atividades. A decisão foi motivada por um ataque que, em 20 minutos, teria destruído toda a estrutura da empresa. A empresa atuava nos bairros Parque Soledade, São Gerardo e Ponte Rio Ceará na cidade de Caucaia.
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