Em um episódio que vai ao ar neste sábado (31), a personagem Leila (interpretada por Carolina Dieckmmann), da novela “Vale Tudo“, transmitida no horário nobre da Rede Globo, vai dar um fim ao relacionamento com Renato (João Vicente de Castro). E esse rompimento será o início da descoberta sexual de Leila.
Após um encontro com Marco Aurélio (Alexandre Nero), que será televisionado na próxima semana, os dois se envolvem e fazem sexo. E, ao passar a noite com o executivo da TCA, ela tem um orgasmo pela primeira vez na vida.
Essa é a realidade de milhares de mulheres. Uma pesquisa publicada na revista científica Sexual Medicine mostrou que apenas 46 a 58% das mulheres heterossexuais já viveram o ápice do prazer, em comparação com 70 a 85% dos homens de todas as orientações sexuais.
Além disso, mulheres lésbicas e bissexuais entre 35 e 49 anos também apresentam percentuais maiores de orgasmo quando comparadas com as mulheres heterossexuais. A amostra coletada pelos pesquisadores abrangeu 24 mil americanos entre os 18 e 100 anos de idade.
No mesmo sentido, outro estudo revelou que 64% das mulheres já haviam fingido um orgasmo, em comparação com 34% dos homens. O trabalho, publicado na revista científica The Journal of Sex Research, analisou as respostas de 500 pessoas entre 18 e 80 anos em seis países (Dinamarca, Suécia, Noruega, Finlândia, França e Reino Unido).
De acordo com especialistas no tema, a explicação para mulheres terem menos orgasmos e precisarem fingir chegar ao ápice do prazer está associado a fatores sociais e culturais. O principal deles é que o prazer feminino muitas vezes fica em segundo plano durante o sexo dentro de relacionamentos heterossexuais.
Outro motivo é o medo que muitas mulheres sentem de revelar as vontades e desejos sexuais ao parceiro e acabar causando desconforto entre os dois, como é apontado no estudo mencionado anteriormente.
Dentre os entrevistados europeus, a razão mais comum para fingir um orgasmo foi a curta duração do relacionamento: mulheres em relações mais longas eram menos propensas a fingir um orgasmo do que aquelas em relacionamentos mais recentes.
Um terço das mulheres afirmaram ainda que não fingiram porque se sentiam “confortáveis” em não ter orgasmo durante o sexo.
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