Com mais de 16 milhões de seguidores nas redes sociais, o influenciador Jon Vlogs não compareceu à sessão da CPI das Bets desta terça-feira, onde ele seria ouvido como investigado. Os senadores suspeitam que o influenciador pode ser um sócio oculto da plataforma Blaze. Momentos depois, o colegiado aprovou a condução coercitiva de Jon Vlogs e do empresário pernambucano Jorge Barbosa, que também faltou à sessão da CPI.
A condução coercitiva, no entanto, ainda depende de autorização judicial. Trata-se de um mecanismo previsto na legislação usado para obrigar depoentes a comparecerem às audiências nas quais foram convocados. A condução coercitiva é aplicada quando “a testemunha deixar de comparecer sem motivo justificado” e é feita por um oficial de justiça que pode pedir auxílio de agentes de segurança, segundo o artigo 218 do Código de Processo Penal.
Tanto Jon Vlogs quanto Jorge Barbosa estão no exterior, motivo pelo qual não teriam comparecido a CPI. O colegiado também aprovou uma representação por desobediência para que o Ministério Público avalie a abertura de um processo criminal.
— Nós sabemos muito bem o quão ricas elas são. E elas podem, sim, vir do exterior, pois existem voos todos os dias. Então, na minha concepção é má vontade, uma desculpa. A condução coercitiva é o remédio que temos — disse a senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS).
Com 22 anos, Jon Vlogs iniciou sua trajetória nas redes sociais aos 16 anos. Natural de Macaé, no interior do Rio de Janeiro, ele passou parte da infância nos Estados Unidos, onde também concluiu seus estudos. Foi no exterior que o criador de conteúdo publicou seu primeiro vídeo de grande repercussão, no qual relatava sua rotina escolar. Inicialmente, os vídeos tinham como objetivo principal compartilhar seu cotidiano com familiares, mas rapidamente chegou a um público mais amplo.
Em 2024, já como influenciador de apostas, declarou apoio público ao empresário Pablo Marçal durante as eleições municipais de São Paulo.
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