Desde a estreia da Wellness no Olympia, ainda em 2021, o título da categoria nunca esteve tão incerto quanto na edição de 2025. O motivo é a ascensão meteórica de Eduarda Bezerra, que venceu a atual campeã mundial Isa Pereira Nunes no Arnold Sports Festival em fevereiro. Em entrevista exclusiva ao blog, a atleta pernambucana afirma que “só pensa em ganhar” o campeonato mais importante do fisiculturismo: “ninguém me intimida”.
Apesar da mentalidade de campeã, a fisiculturista não nega a admiração que tem pela atual Miss Wellness Olympia e por sua predecessora, Francielle Mattos: “são as minhas maiores referências. Eu quero ser a melhor do mundo, preciso me inspirar nas melhores”.
“Vou trabalhar para vencer o Olympia. Sei que todas vão, mas eu vou me dedicar como ninguém e vou levar o melhor conjunto da minha vida para o campeonato (…) nenhuma das minhas adversárias me intimida. Eu sei do que sou capaz e respeito todas. Não vou para brincar no palco, vou para vencer todas”, completa.
O fenômeno
Eduarda já praticava musculação e atuava no meio fitness como modelo antes de conhecer o fisiculturismo. O que a despertou para o esporte competitivo foi ficar encantada com a divisão Wellness ao assistir a uma edição do Olympia. “Olhando, eu falei: ‘preciso ser como essas mulheres. Perfeitas!’ Elas eram muito bonitas, com o físico muito bem trabalhado. Isso me despertou a vontade de pertencer a essa categoria”, lembra.
A estreia da caruaruense nos palcos do fisiculturismo aconteceu em abril de 2023, no Musclecontest Nordeste. Na competição, ela venceu duas classes e ficou com a vice-colocação em outra.
Após se profissionalizar na edição de 2024 do Arnold Sports Festival South America, apenas um ano após sua estreia, Eduarda conquistou três títulos profissionais e uma vaga para o Olympia, onde ficou com a terceira posição: “quando fui colocada no primeiro confronto ao lado da Francielle (top2) e da Isa (top1) eu não acreditei”.
O fato de ser uma estreante na ocasião não fez com que a atleta se intimidasse. “Eu estava indo para ganhar. Não necessariamente para ser a top1, mas sabia que faria o meu melhor e apareceria para o público. Em nenhum momento, me coloquei fora do top5 desse show”, destaca a fisiculturista.
A consolidação
Mesmo com o resultado acima das expectativas no show mais difícil do fisiculturismo mundial, Eduarda não encerrou seu circuito de competições e decidiu subir nos palcos pela 12ª vez em apenas dois anos para o maior desafio de sua carreira até então: vencer a atual campeã mundial no Arnold Classic Ohio, tido como o torneio de fisiculturismo mais relevante do planeta após o Olympia.
Com unanimidade entre os árbitros, a pernambucana venceu a competição depois de ter passado por uma das preparações “mais leves” de sua vida. “Foi uma das preparações mais leves que eu fiz. Mentalmente e fisicamente. Eu consegui socializar mais com as pessoas ao meu redor, o que fez muito bem para a minha cabeça. Antes, as minhas preparações eram da academia para casa e vice-e-versa”, explica.
Após cravar seu nome na primeira prateleira do fisiculturismo mundial e ficar praticamente dois anos sem descansar entre campeonatos, Eduarda revela que não competirá até outubro: “agora, vamos trabalhar apenas para o Olympia”.
Por fim, a fisiculturista relembra críticas que recebia até o ano passado e responde: “Fui muito julgada após o top3 no Olympia. Falaram que eu tinha físico de Bikini, que eu nunca tinha ganho um show grande, que eles não entendiam minha entrada no pódio. Agora, eu acho que eles entendem”.
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