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Garimpo ocorre de ‘forma alarmante’ no rio Madeira – 31/01/2025 – Mônica Bergamo


Um monitoramento via satélite feito pelo Greenpeace Brasil identificou que operações de garimpo seguem ocorrendo no Rio Madeira de “forma alarmante”, seis meses após uma grande ação realizada pelo governo federal para coibir a prática.

Por meio de um novo sistema desenvolvido pela organização e que funciona a partir de imagens captadas pelo radar Sentinel e processadas no Google Earth Engine, 12 alertas de mineração ilegal foram emitidos entre os dias 10 e 22 de janeiro. Imagens do satélite Planet, de alta resolução, confirmaram a informação, segundo o Greenpeace.

No total, 130 balsas, que são embarcações com estruturas arcaicas que remexem o leito do rio em busca de ouro, foram detectadas no período na região entre os municípios de Novo Aripuanã e Humaitá.

Para a organização, esses dados comprovam que está ocorrendo aglomerações de balsas, o que evidencia que a mineração ilegal “permanece ativa e descontrolada” no principal afluente do rio Amazonas.

No garimpo, embarcações costumam se agrupar quando há algum tipo de aviso sobre a existência de ouro em determinado ponto do curso d’água. O movimento é chamado de “fofoca” pelos garimpeiros.

Dos 12 alertas emitidos pelo Greenpeace, sete se referiam à aglomerações de balsas atuando na mineração ilegal, e os outros cinco de embarcações em deslocamento para áreas de garimpo.

Em agosto de 2024, em uma operação que envolveu a Polícia Federal, o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) e a Funai (Fundação Nacional dos Povos Indígenas), 459 dragas (como também são chamadas as balsas usadas no garimpo ilegal) foram destruídas.

A ação levou a um violento protesto de garimpeiros em Humaitá, em 21 de agosto. Eles usaram rojões para tentar atacar agentes e buscaram invadir prédios públicos.

A atividade ilegal integra a paisagem do Madeira há décadas.

De acordo com o Greenpeace, o garimpo destrói o leito, contamina as águas com mercúrio e impacta as comunidades ribeirinhas. A mineração ilegal é vista na região como um complemento à renda da agricultura familiar, do extrativismo ou da pesca. Em geral, balsas de menor porte estão associadas a essas comunidades ao longo do Madeira.

“A destruição causada pelo garimpo é sustentada por uma cadeia criminosa que opera com total impunidade. É urgente que o governo brasileiro adote políticas integradas que unam tecnologia, fiscalização eficiente e alternativas econômicas sustentáveis para proteger nossos rios e populações”, afirma o porta-voz da Frente de Povos Indígenas do Greenpeace Brasil, Jorge Eduardo Dantas.

À coluna, o Ibama afirma que tem atuado constantemente no combate ao garimpo ilegal no estado do Amazonas, com operações em diversas regiões, como os rios Madeira, Japurá, Juami, Jandiatuba, Bóia, Puruê, Puretê, Jandiatuba e Javari.

“Nesses locais, são desmobilizados acampamentos e inutilizados equipamentos, a fim de interromper a atividade de garimpo ilegal”, diz. A Polícia Federal, o Exército, Marinha e Polícia Ambiental do estado atuam como parceiras nessas ações.

Desde 2023, segundo o Ibama, foram destruídas 1.222 dragas, sendo 800 balsas só no ano passado.

“Em 2025, as ações de combate ao garimpo ilegal continuarão em toda a região amazônica, a fim de interromper a logística da atividade criminosa ligada aos garimpos na região, cessando os danos ambientais e garantindo a sobrevivência dos povos indígenas”, diz o instituto.

CONSAGRAÇÃO

O deputado federal Rui Falcão (PT-SP) foi homenageado, na noite de quarta (29), pelo Instituto Pró-Vítima. Organizado pela promotora de Justiça e presidente da organização, Celeste Leite, o evento foi realizado em São Paulo. O juiz Fabrício Reali Zia, o desembargador do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) Sergio Antônio Ribas, o promotor Pedro Eduardo de Camargo Elias e a conselheira do instituto Márcia Antunes marcaram presença.

com IVAN FINOTTI (Interino), KARINA MATIAS, LAURA INTRIERI e MANOELLA SMITH


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