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Unsplash/Divulgação
O Google não vai precisar vender o Chrome ou o Android, mas terá que compartilhar dados da busca com seus concorrentes, decidiu nesta terça-feira (2) a Justiça dos Estados Unidos.
A ordem também proíbe a empresa de firmar acordos de exclusividade que impeçam fabricantes de pré-instalarem serviços de concorrentes do Google em aparelhos como celulares.
A decisão foi tomada pelo juiz Amit Mehta, do Tribunal Distrital dos EUA para o Distrito de Columbia, e encerra uma batalha jurídica de cinco anos entre o Google e Departamento de Justiça dos EUA.
Em agosto de 2024, ele já tinha concluído que o Google violou a lei antitruste dos EUA para dominar o segmento de buscas e publicidade nos resultados de pesquisa, mas faltava a decisão sobre as medidas seriam tomadas pela empresa.
O Departamento de Justiça dos EUA recomendou em novembro a separação do Google e do Chrome para evitar o monopólio da empresa no setor de buscas.
Mas o Google defendeu que a Justiça apenas diminuísse o alcance dos acordos por entender que esta seria a única medida apropriada.
A empresa disse em abril deste ano que começou a permitir que parceiras como Samsung e Motorola ofereçam buscadores concorrentes em seus aparelhos.
Barreira para Bing e Microsoft
A ação foi aberta em 2020 pelo Departamento de Justiça dos EUA, que acusou o Google de ter criado enormes barreiras de entrada para concorrentes como Bing, da Microsoft, e DuckDuckGo.
Em 2024, o juiz Metha citou como exemplo dessas barreiras o pagamento de US$ 26,3 bilhões (cerca de R$ 150 bilhões) pela Alphabet a fabricantes de celulares para garantir que o Google fosse o buscador padrão nesses dispositivos.
Os acordos foram anticompetitivos e, por isso, esse tipo de prática deve ser interrompida, disse Mehta. O veredito foi apontado pela agência Reuters como a maior vitória do governo americano contra um monopólio nos últimos 20 anos.
Durante o julgamento, o Google alegou que não agiu de maneira anticompetitiva e que tem grande participação no mercado porque cria produtos que agradam aos consumidores.
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