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Hamas confirma morte de chefe de operações no Líbano



O grupo terrorista Hamas confirmou nesta segunda-feira (17) a morte de seu chefe de operações no Líbano, Muhammad Shaheen, em um ataque de drone lançado por Israel contra o veículo em que se deslocava em Sidon, no sul do território libanês.

As Brigadas Al Qassam, braço armado do Hamas, confirmaram a morte de Shaheen em um comunicado, identificando-o pelo codinome Abu al Baraa.

“As Brigadas Al Qassam, enquanto lamentam a morte de seu heroico mártir Abu al Baraa, lembram seu papel pioneiro e suas pegadas especiais no caminho da jihad, da resistência e do enfrentamento com o inimigo sionista, que começaram com a Intifada de Al Aqsa [2000-2005] e chegaram à batalha da Tempestade de Al Aqsa [os ataques terroristas de 7 de outubro de 2023 e a guerra subsequente]”, disse o comunicado.

Além das Al Qassam, o próprio Hamas lamentou sua morte e denunciou a expansão dos ataques do Exército às “areias da diáspora”, referindo-se ao Líbano, um país para o qual muitos palestinos fugiram após o estabelecimento de Israel.

Israel usou um drone nesta segunda-feira para atingir um veículo na cidade de Sidon, no sul do Líbano, cerca de 50 quilômetros ao norte da fronteira com Israel, poucas horas antes do término da extensão do cessar-fogo com o Hezbollah, grupo terrorista aliado do Hamas, que entrou em vigor em 27 de novembro.

A agência de notícias libanesa ANN informou que o bombardeio tinha como alvo um veículo na estrada de acesso marítimo a Sidon e que o carro ficou completamente queimado depois que o projétil o atingiu.

Pouco depois, o Exército israelense confirmou que se tratava de uma operação conjunta liderada pela Agência de Segurança Interna (Shin Bet), na qual a Força Aérea atacou Shaheen, que é acusado de planejar ataques contra Israel a partir do Líbano sob a direção do Irã.

No último dia 27 de novembro, entrou em vigor uma cessação de hostilidades, inicialmente planejada para durar 60 dias, que previa a retirada das forças israelenses presentes em território libanês e limitava a posse de armas na faixa fronteiriça às mãos das forças de segurança libanesas.

A duração do pacto foi posteriormente estendida até 18 de fevereiro, depois que as partes se atrasaram no cumprimento de algumas de suas obrigações.

O texto exige o desmantelamento de instalações de produção de armas não estatais e também proíbe que ambos os lados realizem ataques um contra o outro enquanto preserva seu direito à “autodefesa”.



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