Destaques do Honor Magic7 Lite, Jovi V50 e Oppo Reno 13 são a grande duração da bateria e as boas câmeras, mas o preço é mais alto que o dos concorrentes. Veja o resultado dos testes. Guia de Compras: teste com Oppo Reno 13, Honor Magic7 Lite e Jovi V50.
Juan Silva/g1
Nomes como Honor, Jovi e Oppo, podem até ser muito famosos por seus celulares na Ásia, mas ainda são grandes desconhecidos no Brasil.
Lá fora, a Jovi tem o nome Vivo Mobile, para não ser confundida com a operadora de telefonia.
O plano dessas empresas é tentar superar a Motorola ou até mesmo a Samsung nas vendas de smartphones no país.
Para isso, prometem celulares à prova de água e quedas, garantias de até 2 anos e um monte de espaço de armazenamento.
Sem contar as baterias enormes que duram bastante – e que até podem ser trocadas pelo fabricante, de graça.
Mas será que vale a pena arriscar? O Guia de Compras testou três modelos das novatas:
Honor Magic7 Lite
Jovi V50
Oppo Reno 13
Os celulares testados fazem parte da categoria dos intermediários.
São aqueles smartphones que fazem mais que os modelos baratos, com câmeras potentes e configurações um pouco mais avançadas, mas ainda não têm as câmeras e os recursos avançados dos topo de linha.
Os preços oficiais das fabricantes, na época da avaliação, estavam entre R$ 4.600 (Honor) e R$ 5.000 (Jovi e Oppo). São valores altos na comparação com os concorrentes como Motorola e Samsung, que oferecem aparelhos intermediários na faixa dos R$ 2.500.
Os produtos ainda não estavam disponíveis nas principais lojas da internet no início de junho de 2025.
Veja os resultados a seguir em design, desempenho, bateria, câmeras e, ao final, a conclusão.
Design
Dos três celulares, Jovi V50 e Honor Magic7 Lite são os mais parecidos.
Ambos contam com telas de 6,7 polegadas, com bordas levemente curvadas e acabamento em plástico colorido. Esses costumam ser o tamanho e o acabamento padrão de celulares intermediários.
A Honor até cita o termo “design de titânio” em seu site, mas a a sensação é a de um aparelho feito de plástico mesmo.
Oppo Reno 13, Jovi V50 e Honor Magic7 Lite vistos de frente
Henrique Martin/g1
O Oppo Reno 13 lembra mais o estilo do iPhone 16, com formas mais quadradas, sem partes arredondadas e com vidro fosco na traseira – nada de plástico como no Honor e Jovi. É um acabamento mais refinado, comparável a aparelhos mais caros como iPhone 16 e Galaxy S25.
O display de 6,5 polegadas é plano, sem bordas nos cantos. Ao lado dos concorrentes, é o que tem o visual mais moderno.
Os três celulares também oferecem proteção reforçada contra quedas, poeira e água.
O Magic7 Lite é feito com proteção padrão IP65 (entenda quais são as siglas de proteção) e a fabricante diz que ele aguenta quedas de até 2 metros.
O Reno 13 conta com resistência padrão IP69, o que significa que ele resiste a água, poeira e pressão.
Segundo a Oppo, ele aguenta mergulhos até em água quente (até 80ºC) e pode ser imerso em até 2 metros por 30 minutos – dá até para tirar fotos embaixo d’água.
Honor Magic7 Lite, Jovi V50 e Oppo Reno 13: os dois primeiros têm as telas curvadas, o último é plano
Henrique Martin/g1
O V50 também tem proteção IP69 para resistência contra poeira e água. A Jovi diz que o smartphone vem com uma “estrutura de amortecimento avançado” e com um vidro mais resistente contra quedas.
O celular da Honor está disponível em roxo e preto, o da Jovi, em vermelho (que está mais para um rosa claro) e preto, e o da Oppo, em branco e azul fosco.
Oppo Reno 13 azul, Jovi V50 vermelho e Honor Magic7 Lite preto vistos por trás
Henrique Martin/g1
Os três aparelhos rodam o sistema operacional Android 15, a versão mais recente disponível para a maioria dos fabricantes de celulares.
Os três celulares também permitem instalar o Gemini, chat de conversação de inteligência artificial do Google.
Desempenho
As configurações dos 3 aparelhos avaliados são mais generosas que os celulares intermediários testados em 2024.
Todos têm 12 GB de memória RAM (veja o que é) e muito espaço para armazenamento (512 GB no Jovi e Oppo, 256 GB no Honor). Em 2024, o padrão eram 128GB de armazenamento e 8GB de RAM.
Os da Honor e da Jovi, porém, esbarram em um problema. Nem tudo lá dentro é muito novo.
O Honor Magic7 Lite utiliza um processador (Qualcomm Snapdragon 6 Gen 1) lançado em 2022. O Jovi V50, um de 2023 (Snapdragon 7 Gen 3).
O celular Oppo usa um chip mais recente, o MediaTek Dimensity 8350, de 2024.
Nos testes de performance (veja ao final como são feitos), o Oppo Reno 13 e o Jovi V50 praticamente empataram nas avaliações de desempenho, com uma diferença mínima do Honor Magic7 Lite.
Já nos testes de vídeo, o celular da Oppo ficou à frente dos dois concorrentes – Jovi e Honor, respectivamente.
De qualquer forma, os modelos da Honor, Jovi e Oppo são mais velozes que os intermediários testados no ano passado nos testes de performance e vídeo.
Bateria
Os três celulares mostraram nos testes que suas baterias duram bastante. Todos utilizam uma nova tecnologia de materiais, chamada de silício-carbono, que substitui a de íons de lítio, mais comuns e usadas por fabricantes como Apple e Samsung.
Essa tecnologia de silício-carbono permite a criação de baterias mais finas e de maior capacidade, que carregam mais rápido e que duram mais.
A do Jovi foi a líder de duração, chegou a 18h17 até atingir 20% da carga.
O da Oppo, nas mesmas condições, bateu 14h07, sendo seguido de perto do Honor, com 13h47.
O número indica que dá para usar o aparelho o dia todo e recarregar quando voltar para casa.
Mas não significa que, ficando mais de 13 horas longe do carregador, o dispositivo vai descarregar por completo. Só dá uma ideia geral de quanto tempo a bateria pode durar.
Também comparados aos celulares intermediários de 2024, Honor, Jovi e Oppo têm maior duração de bateria.
Curiosamente, o da Honor é o de maior capacidade de carga (6.600 mAh), contra 6.000 mAh no Jovi e 5.600 mAh no Oppo.
Para comparação, a capacidade de bateria do iPhone 16e é de 4.005 mAh e sua bateria durou cerca de 15h. Os resultados também dependem da otimização do sistema operacional pelo fabricante.
Os três modelos chineses permitem carregamento rápido de bateria – 90W no Jovi, 80W no Oppo e 66W no Honor – e vieram com adaptador de tomada e cabo na caixa.
Câmeras
Celulares da categoria dos intermediários costumam ter pelo menos duas lentes na traseira. Fotografar com os smartphones chineses foi uma boa surpresa.
O Honor Magic7 Lite conta com uma lente principal de 108 megapixels – a maior resolução dos três celulares – e uma grande angular de 5 MP. A frontal tem 16 MP.
A câmera permite ampliar em até 3x a imagem fotografada no zoom óptico (que é um recorte da imagem maior de 108 megapixels) e até 10x no zoom digital.
O Jovi V50 tem duas de 50 megapixels, principal e grande angular, e mais uma de 50 MP para tirar selfies. O zoom óptico é de 2x, e o digital, de até 20x. A fabricante tem parceria com a marca de produtos ópticos Zeiss, incluindo lentes e recursos da câmera.
O Oppo Reno 13F veio com 50 MP na principal, uma de 8 MP para grande angular e uma de 2 MP que é usada para ajudar nas fotos em modo retrato, com o fundo desfocado. Também permite aproximar até 2x no zoom óptico e 20x no digital.
Os três aparelhos do teste têm sistemas de estabilização óptica de imagem na lente principal. Isso ajuda a tirar fotos menos tremidas em cenas de movimento rápido ou com pouca luz.
Os resultados foram muito bons. As imagens feitas durante o dia, prejudicadas pelo tempo ruim, ficaram muito parecidas.
Mas os detalhes de uma flor apareceram com maior saturação e cores vívias nas fotos feitas com o Jovi e o Honor, mas mais detalhadas e suavizadas no Oppo.
Nas fotos noturnas, em ambiente fechado e pouco iluminado, as diferenças não foram muitas.
Mas, ao olhar para o céu, o da Jovi deu a sensação de mostrar uma paisagem muito mais nítida que a dos concorrentes. Nem parece o mesmo momento da foto.
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Nas imagens feitas em modo retrato no mesmo local e posição do fotógrafo, todos também foram bem, mas o Jovi também se destacou.
Nas imagens feitas em modo retrato no mesmo local e posição do fotógf , todos também foram bem, mas o Jovi também se destacou.
E, nas selfies, as do Oppo e do Honor exageraram um pouco nos filtros de embelezamento automáticos.
Os três aparelhos têm sistemas de estabilização óptica de imagem na lente principal. Isso ajuda a tirar fotos menos tremidas em cenas de movimento rápido ou com pouca luz.
Um detalhe curioso dos três celulares chineses é a capacidade de deixar o flash ligado o tempo todo para tirar fotos e gravar vídeos, como se fosse uma lanterna.
Magic7 Lite e Reno 13 mostram apenas uma luz branca, forte e constante, sem ajustes.
O V50 chama essa função de “aura” e permite controlar a intensidade do brilho e a temperatura de cor, indo de um alaranjado ao branco.
Flash “Aura” ativado no Jovi V50
Henrique Martin/g1
Extras
O esforço dos fabricantes chineses para tentar conquistar o comprador é um diferencial em comparação às marcas já estabelecidas no Brasil.
Para o Jovi V50 e o Oppo Reno 13, as empresas estão dando garantia de dois anos para os aparelhos. A Honor dá apenas 1 ano no Magic7 Lite.
A Jovi foi até um pouco além da garantia: oferece ainda 1 ano de proteção para tela quebrada, 3 anos de trocas de capa e película da tela gratuitas, 4 anos de garantia da bateria e uma “revisão” do aparelho todo ano, como a dos carros.
Honor e Oppo não oferecem vantagens similares.
Conclusão
Honor Magic7 Lite, Jovi V50 e Oppo Reno 13 são bons celulares intermediários, com melhores desempenho e duração de bateria na comparação com os testes feitos pelo Guia de Compras no ano passado com celulares de marcas mais antigas no Brasil.
O Jovi tira fotos um pouco melhores que as dos concorrentes. A duração da bateria é excelente nos três smartphones.
Quem procura um design mais novo vai encontrar no Oppo Reno 13 uma opção diferente.
O desempenho dos três é bastante similar ao que os testes do Guia de Compras encontraram tambémem 2022 e 2023.
O uso dos chips mais antigos no Honor e no Jovi não é um impeditivo de compra, mas mostra que podem não estar tão preparados para futuras atualizações de software.
O preço de todos acaba sendo o grande alerta na hora da compra.
Por R$ 5.000 no da Oppo e da Jovi e R$ 4.600 no Honor, fica difícil para o consumidor olhar para um produto similar da Samsung ou da Motorola na vitrine da loja por R$ 2.500 ou menos e não levar o concorrente já conhecido.
Ou até mesmo um iPhone 16e, que é o celular mais barato da Apple, e que saía por R$ 4.000 em junho.
Talvez a fabricação desses celulares no Brasil, prometida pela Jovi e pela Oppo, ajude a reduzir os preços a médio prazo.
Como foram feitos os testes
Os celulares foram emprestados pelas fabricantes e serão devolvidos.
Para os testes de desempenho, foram utilizados três aplicativos: PC Mark e 3D Mark, da UL Laboratories, e o GeekBench 6, da Primate Labs. Eles simulam tarefas cotidianas dos smartphones, como processamento de imagens, edição de textos, duração de bateria e navegação na web, entre outros.
Esses testes rodam em várias plataformas – como Android, iOS, Windows e MacOS – e permitem comparar o desempenho entre elas, criando um padrão para essa comparação.
Para os testes de bateria, as telas dos smartphones foram calibradas para 70% de brilho, para poder rodar o PC Mark. Isso nem sempre é possível, já que nem todos os aparelhos permitem esse ajuste fino. Os testes foram feitos com as telas com taxa de atualização padrão (60 Hz).
A bateria foi carregada a 100% e o teste rodou por horas até chegar ao final da carga. Ao atingir 20% ou menos de carga, o teste é interrompido e mostra o quanto aquele smartphone pode ter de duração de bateria, em horas/minutos.
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Diferenças entre o iPhone 16e e o iPhone 16
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