A usina de Fordow, localizada ao sul da capital do Irã e utilizada para o enriquecimento de urânio, se tornou “a grande questão” para o governo de Israel, que sugeriu que somente um envolvimento dos Estados Unidos na guerra poderia destruir o local, por conta de seu subsolo profundo.
O ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, disse, nesta terça-feira (17), em declaração à mídia local, que somente as bombas antibunker dos EUA poderiam destruir Fordow.
Katz afirmou ainda que as forças aéreas israelenses vão realizar uma nova onda de ataques ainda hoje contra alvos do governo e da infraestrutura do Irã, e que Israel está “à beira de destruir” pelo menos 10 alvos nucleares na capital Teerã.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_63b422c2caee4269b8b34177e8876b93/internal_photos/bs/2025/E/1/kwtgXrTAOBE2UbGKDqIw/fordow.jpg)
A destruição de Fordow seria o “grande prêmio” para Israel, de acordo com o diplomata israelense Alon Pinkas. Ao contrário de Katz, Pinkas fez um pedido direto pelo envolvimento dos EUA nessa questão.
“Israel não pode destruir sozinho a infraestrutura nuclear-militar do Irã. Isso exige munições, bombardeiros e sistemas de entrega que o país não possui, e é por isso que o [Benjamin] Netanyahu está tão focado em arrastar os EUA para a guerra”, disse ele em declaração à mídia internacional.
“Para os militares israelenses, o ideal seria que os EUA desferissem o golpe final, mas eles também são realistas e sabem que isso pode não acontecer”, completou.
O G7 expressou apoio a Israel em um comunicado divulgado na noite de segunda-feira (16) e rotulou o Irã como uma fonte de instabilidade no Oriente Médio, com os líderes pedindo uma redução mais ampla das hostilidades na região.
“Afirmamos que Israel tem o direito de se defender. Reiteramos nosso apoio à segurança de Israel”, disseram os líderes do G7 no comunicado. “O Irã é a principal fonte de instabilidade e terror regionais”, acrescentou o comunicado, afirmando que o G7 deixou “claro que o Irã jamais poderá ter uma arma nuclear”.
Israel atacou o Irã na sexta-feira, no que chamou de ataque preventivo para impedir Teerã de desenvolver armas nucleares. Desde então, os dois rivais do Oriente Médio trocaram ataques, com autoridades iranianas relatando mais de 220 mortes, a maioria civis, enquanto Israel afirmou que 24 civis foram mortos.
O Irã nega buscar armas nucleares e afirmou ter o direito de desenvolver tecnologia nuclear para fins pacíficos, incluindo enriquecimento, como parte do Tratado de Não Proliferação Nuclear. Israel, que não é parte do TNP, é o único país do Oriente Médio que se acredita possuir armas nucleares. Israel não nega nem confirma isso.
Deixe um comentário