A boa equipe da Colômbia, adversária do Brasil nesta quinta-feira (20) pelas Eliminatórias da Copa do Mundo, atua com quatro defensores, um trio no meio-campo formado por um volante centralizado e um meio-campista de cada lado (Richard Rios pela direita e Arias pela esquerda), que marcam e atacam, além de um meia de ligação (James Rodriguez) entre os três do meio-campo e os dois atacantes, Luís Diaz pela esquerda e um centroavante. Não há um atacante pelo lado direito, espaço algumas vezes ocupado pelo meia Richard Rios ou pelo lateral.
Por causa da maneira de jogar da Colômbia, seria melhor teoricamente que o Brasil tivesse um lateral direito mais marcador e um esquerdo mais apoiador. Se Wesley jogar pela direita, deverá ter muitas dificuldades na marcação do excelente Luís Diaz, pois o lateral do Flamengo se destaca pelos avanços.
Além disso, no Flamengo, Gerson sai da direita para o centro e deixa os espaços para Wesley atacar, o que não acontecerá na seleção, já que o ponta atua aberto.
Prefiro um trio no meio-campo em vez de dois no meio e quatro na frente, como deve jogar a seleção brasileira, ainda mais que a Colômbia possui um trio no meio, além de James Rodriguez.
A Argentina, adversária seguinte do Brasil, também joga com um trio no meio, assim como o Barcelona, o Liverpool e tantas outras equipes mundiais. Três no meio e três na frente fica mais equilibrado. Para jogar com quatro no ataque, como deve fazer o Brasil, é essencial que os dois atacantes pelos lados voltem para marcar. Nos jogos anteriores da seleção, os dois do meio-campo ficaram muito distantes dos quatro da frente.
Dorival deve estar em dúvida sobre o quarto atacante que vai jogar junto com Raphinha, Vini e Rodrygo. Pode ser um ponta (Savinho ou Estevão) ou um atacante mais centralizado (Matheus Cunha, João Pedro ou Endrick). O técnico quer um ataque com muita mobilidade, sem posições fixas, como joga o quarteto ofensivo do Real Madrid.
As equipes brasileiras e a seleção incorporaram pouco, a não ser em certos momentos, algumas grandes transformações positivas que ocorreram no futebol mundial nos últimos tempos. Hoje, as grandes equipes trocam passes desde o goleiro, são compactas, deixando poucos espaços entre os setores, marcam por pressão em todo o campo e são capazes de defender e atacar com muitos jogadores, além de outros detalhes. O Flamengo é exceção entre os times brasileiros.
Os dois difíceis jogos contra Colômbia e Argentina podem ser um marco importante, positivo ou negativo, otimista ou pessimista, para o futuro da seleção, ainda mais em um mundo extremado, exagerado, em que as coisas são espetaculares ou péssimas, tudo ou nada.
Repetição
Não houve surpresa no equilibrado jogo entre Palmeiras e Corinthians, com a vitória do Corinthians por 1×0 em razão de uma bela jogada da dupla Yuri e Memphis. O Palmeiras continua dependente das jogadas individuais de Estêvão e dos cruzamentos pelo alto. Raramente acontece uma troca de passes pelo centro desde o meio-campo para envolver o adversário. Para cruzar tanto a bola, seria melhor manter Flaco Lopes no lugar de Vitor Roque, que gosta da bola enfiada entre os zagueiros para aproveitar sua velocidade.
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