
Um juiz federal dos Estados Unidos manteve uma decisão que proíbe a deportação do ativista palestino Mahmoud Khalil, um dos coordenadores dos protestos contra Israel na Universidade de Columbia, em Nova York, no ano passado.
Segundo informações da agência Reuters, o juiz distrital Jesse Furman, que já havia bloqueado temporariamente a deportação de Khalil no início da semana, estendeu essa medida por tempo indeterminado nesta quarta-feira (12), após uma audiência no tribunal federal de Manhattan.
A medida é válida ao menos até que o magistrado decida se a prisão de Khalil, realizada no último fim de semana por agentes de imigração, foi inconstitucional.
A Reuters informou que, apesar da decisão de Furman, não havia nenhuma indicação de que a deportação de Khalil era iminente. O ativista palestino terá o direito de se defender em um tribunal de imigração para evitar ser deportado, e a perspectiva é que esse processo seja longo.
O ativista palestino possui o green card, o visto de residência permanente nos Estados Unidos, mas o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que ele e outros estudantes universitários que participaram de protestos contra Israel, devido à guerra contra o grupo terrorista Hamas na Faixa de Gaza, serão deportados. O republicano os acusou de serem “simpatizantes do terrorismo”.
Os advogados de Khalil alegam que sua prisão foi uma “retaliação” pelas críticas dele a Israel e violou a Primeira Emenda da Constituição dos Estados Unidos, que preserva a liberdade de expressão.
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