O líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), orou e conversou com o general Walter Braga Netto sobre o projeto de lei que concede anistia aos participantes do 8 de janeiro. Ex-vice de Jair Bolsonaro (PL) em 2022, Braga Netto está preso desde dezembro do ano passado em uma unidade militar no Rio de Janeiro.
Sóstenes foi o primeiro de 24 parlamentares que receberam autorização do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), para visitar o general.
“Ele está numa sala pequena, com cama, TV de sinal aberto, banheiro. Toma uma hora de sol por dia e faz uma hora de exercício, até emagreceu. Pensei que podia estar emocionalmente abalado, mas não, é porque está fazendo exercício e antes, no PL, não tinha tempo”, disse.
O deputado contou que ele chegou sendo parabenizado por Braga Netto por sua atuação na liderança e pela luta pela anistia. Sóstenes, por sua vez, disse que o texto final será definido pelo plenário, que ainda não é possível dizer quem será contemplado. Mas não entraram em maiores detalhes.
Pela forma como está o relatório hoje do projeto de lei, Braga Netto, Bolsonaro e outro réus acusados de liderar trama golpista poderiam ser anistiados, uma vez que os ataques de 8 de janeiro fazem parte da tentativa de golpe pela qual são julgados.
Mas, como mostrou a Folha, um novo texto está sendo trabalhado por técnicos do partido, a pedido de Bolsonaro. Ainda não está claro como será essa nova proposta, que ainda será levada ao relator do projeto.
Braga Netto foi preso preventivamente pela Polícia Federal, sob acusação de ter tentado impedir a delação premiada do tenente-coronel de Mauro Cid, ex-auxiliar de Bolsonaro. Ele nega a acusação.
A Sóstenes, o general disse que não ligou para o pai de Mauro Cid, como alega a PF, mas que recebeu uma ligação dele.
Braga Netto se queixou de estar preso por prisão preventiva há 120 dias, e disse estar aguardando um novo parecer do magistrado. Ele negou ainda envolvimento com tentativa de golpe e com plano Punhal Verde e Amarelo, de assassinato de autoridades, como o então presidente eleito Lula (PT).
De acordo com o líder, Braga Netto não se emocionou em nenhum momento, e rezaram uma oração Pai Nosso, a pedido de Sóstenes, que também é pastor. “Ele é duro na queda”, disse.
Na próxima quinta-feira (17), o general deve receber visita do líder do PL no Senado, Rogério Marinho (RN). Outros parlamentares também devem encontrá-lo.
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