O presidente Lula (PT) comemorou neste sábado (15) os 40 anos da posse de José Sarney na Presidência da República —momento que marcou o fim da ditadura militar (1964-1985).
“Nestes 40 anos de democracia, apesar de momentos muito difíceis, demos passos importantes para a construção do país que sonhamos. Um país democrático, livre e soberano”, disse.
Lula afirmou que o Brasil cresce com inclusão social, destacando a geração de empregos e o combate à fome, apesar dos “enormes desafios”.
“Sem a democracia, nada disso seria possível. Por isso, é preciso defendê-la todos os dias daqueles que, ainda hoje, planejam a volta do autoritarismo”, disse Lula.
“É preciso mostrar às novas gerações o que foi e o que seria viver novamente sob uma ditadura, e ter todos os direitos negados, inclusive o direito à vida”, completou.
Sarney assumiu a Presidência da República em 15 de março de 1985. Ele havia sido eleito vice-presidente de Tancredo Neves —o político mineiro, porém, estava hospitalizado e morreu no mês seguinte.
Em entrevista à Folha, o ex-presidente disse que manteve todo o ministério escolhido por Tancredo e, após a posse, entendeu que deveria conduzir a transição da ditadura militar para a democracia.
“Fui um presidente marcado para ser deposto, como muitos outros da história do Brasil”, afirmou.
Na entrevista, ele diz se arrepender das críticas feitas a Juscelino Kubitschek, lembra a depressão que teve nos anos 1980 e comenta as acusações de favorecer deputados para que aprovassem seu mandato de cinco anos.
“Eu não queria assumir a Presidência, queria esperar o Tancredo [que estava hospitalizado]. Houve a necessidade de assumir porque todos achavam, inclusive Ulysses e Tancredo, que, depois de uma luta tão grande para chegar àquele momento, se nós tivéssemos qualquer dúvida sobre quem assumiria, corríamos um risco grande de ter problema”, disse.
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