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Maduro ativa organização para reprimir protestos na Venezuela



O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, ordenou nesta terça-feira (7) a ativação de uma nova estrutura de repressão chamada “Órgãos de Direção Integral” (ODIS). O anúncio foi feito durante um ato no Palácio de Miraflores, sede do Executivo em Caracas, onde Maduro, vestido com uniforme militar camuflado, declarou que a medida visa garantir a “defesa da paz”.

Por meio do ODIS, o regime chavista busca sufocar qualquer manifestação contrária à sua permanência no poder, principalmente as que foram organizadas para o dia 10, data em que Maduro vai tomar posse, de forma ilegítima, para continuar controlando a Venezuela.

Segundo informações, o ditador venezuelano destacou que o ODIS será responsável por coordenar as Forças Armadas, a Milícia Nacional Bolivariana, corpos policiais e grupos comunitários em todos os 355 municípios do país.

“A ativação das ODIS garantirá a vitória exemplar da paz”, afirmou Maduro, deixando claro o objetivo de reprimir as manifestações organizadas pela oposição.

A ativação dessa nova estrutura foi formalizada por meio de um decreto do regime, e Maduro se autoproclamou “comandante supremo” da entidade. Orlando Romero, comandante da Milícia Nacional Bolivariana, também esteve presente no evento e reafirmou o compromisso da milícia com o regime.

“Graças à perfeita integração e fusão popular-militar-policial, nossa nação está organizada para defender-se de todas as ameaças”, declarou.

A oposição, liderada por Maria Corina Machado e o presidente eleito Edmundo González Urrutia, que ganhou por ampla margem a eleição fraudada por Maduro, convocou pelas redes sociais protestos para esta quinta-feira (9).

Desde a eleição fraudulenta de Maduro, a Venezuela testemunhou uma série de protestos que resultaram em 28 mortos, 200 feridos e mais de 2.400 pessoas detidas, incluindo adolescentes que foram acusados de terrorismo e enviados para prisões de segurança máxima. Destes, cerca de 1.500 foram libertados posteriormente.

González tem manifestado desejo de retornar ao país no dia 10 para tomar posse do mandato para qual foi democraticamente eleito. O opositor está sob ameaça de prisão.



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