O MBL (Movimento Brasil Livre) entrou com ação por danos morais contra o deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ) em que pede indenização de R$ 20 mil por ter sido chamado de “organização criminosa” pelo parlamentar, em processo que se soma à representação contra o psolista no Conselho de Ética da Câmara.
A ação foi protocolada em novembro. Nela, o grupo cita a representação apresentada pelo partido Novo após o deputado se desentender com um militante do MBL, chutá-lo e expulsá-lo das dependências da Câmara. Glauber, a seguir, discutiu com o deputado Kim Kataguiri (União-SP).
O processo cita discurso de Glauber na sessão do Conselho de Ética de 28 de agosto do ano passado, quando chamou o MBL de “organização criminosa”. “Não vou pedir desculpas ao MBL. O MBL é uma organização criminosa. E se precisa de alguém no exercício do mandato parlamentar para dizer isso, eu estou aqui para fazê-lo”, disse.
Na ação, o MBL também reproduz postagens do parlamentar contra o movimento. Nelas, Glauber fala que o grupo é uma “organização criminosa” composta por “fascistas” e “milicianos”. “Em suas falas, o réu comete calúnia e difamação, afirmando que o autor seria uma organização criminosa, responsável por práticas criminosas e condutas imorais”, indica a ação.
Para o MBL, Glauber “extrapolou os limites da liberdade de expressão ao perseguir sistematicamente o Movimento Brasil Livre e seus membros, por meio de calúnias, difamações, injúrias e diversas mentiras, com a única intenção de destruir a honra e a reputação do grupo político e de seus membros.”
O grupo diz que Glauber estimula a violência política ao justificar “seus atos de agressão” contra integrantes do MBL, “estimulando seus milhares de seguidores e eleitores a adotarem o mesmo comportamento.”
Além dos R$ 20 mil de danos morais, o MBL quer que Glauber fixe uma postagem no Instagram com retratação pública pelas declarações.
Procurado, Glauber afirmou que o MBL “utiliza os métodos políticos mais podres há anos” e que imagina “que intimidarão quem não abaixa a cabeça para eles”. “Não vai funcionar. Eles é que terão que responder por seus crimes”, disse.
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