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Mostra de Lore Koch abre a nova galeria Paulo Kuczynski – 12/03/2025 – Ilustrada


Eleonore Koch era meticulosa. Nos estudos para as suas pinturas, a artista misturava ilustração e colagem para chegar o mais perto possível da imagem que comporia a obra final. Nas margens, anotava as combinações de tintas com as quais trabalharia e também o tamanho que a tela teria.

A organização da pintora —artista tema da mostra que inaugura a nova sede da galeria Paulo Kuczynski, em São Paulo—, aparecia também no conteúdo de suas telas. Nelas, vemos poucos elementos, como mesas, cadeiras, vasos e um eventual pássaro dispostos com precisão no quadro. Mas a economia pictórica não trai o tom melancólico de suas têmperas.

Na exposição que entra em cartaz na galeria no bairro dos Jardins a partir da próxima segunda-feira (17), data de abertura para o público, são exibidos 29 estudos em papel e 18 telas. O conjunto ilustra o método de trabalho de Lore, apelido pelo qual a artista era conhecida. Ela morreu em 2018, aos 92 anos, quando a sua obra passava a ganhar reconhecimento institucional e valorização no mercado.

Os trabalhos expostos, parte do acervo de Kuczynski e da colecionadora e amiga da artista Clara Sancovsky, compreendem mais de 50 anos de produção de Lore, considerada uma discípula do modernista Alfredo Volpi. Podem ser vistos, por exemplo, o primeiro óleo da artista, uma natureza morta datada de 1949, e a têmpera “Despedida com Tulipas”, uma de suas últimas pinturas, feita em 2001.

Com a exposição, “queremos dar o destaque que ela a vida inteira sonhou em ter”, afirma Sancovsky, que comprou e difundiu entre outros colecionadores brasileiros a obra da artista quando Lore morava em Londres. Ela viveu na capital britânica do final da década de 1960 até cerca de 1990, momento em que retornou para São Paulo.

Sancovsky lembra que, embora vendesse algumas telas de Lore para colecionadores que entendiam de arte e passasse à artista o nome de quem comprava os trabalhos, a pintora não se sentia muito valorizada. “Isso não era suficiente para ela. Ela queria o destaque”, afirma.

Seu sonhado reconhecimento veio tardiamente. Antes de a artista morrer, acompanhou o lançamento de um livro, pela extinta editora Cosac Naify, sobre a sua obra, e viu o início da produção de um documentário do diretor Jorge Bodanzky a respeito de sua vida.

De 2020 para cá, ela foi exibida na Bienal de São Paulo e foi tema de uma mostra retrospectiva no Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo, no ano passado, com obras de toda a sua extensa carreira.

A exposição de Lore, no andar térreo da galeria Paulo Kuczynski, marca a reinauguração do local, que permanece no mesmo endereço mas é ampliado. O espaço expositivo ficou maior e há uma área externa, decorada com uma fonte do século 18 em mármore.

No piso superior da casa estão expostas joias do acervo, como um óleo de Ismael Nery fora do mercado há 50 anos e pinturas de Guignard e Di Cavalcanti.



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