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Noboa denuncia “irregularidades” e coação de gangues na eleição



O presidente do Equador e candidato à reeleição, Daniel Noboa, afirmou nesta terça-feira (11) que “houve muitas irregularidades” na apuração dos votos nas eleições gerais de domingo, bem como supostas ameaças de gangues criminosas para conseguir votos para a candidata apoiada pelo ex-presidente Rafael Correa, Luisa González, a quem enfrentará no segundo turno no dia 13 de abril.

Noboa – que quebrou seu silêncio com uma entrevista à emissora Radio Centro depois de não ter se pronunciado quando foram anunciados no domingo os resultados que dissiparam suas esperanças de vitória no primeiro turno – disse que se sentia “orgulhoso e completamente grato por um povo que se manifestou, um povo que disse ‘não’ à delinquência, aos grupos narcoterroristas, à corrupção”.

“Um povo que disse ‘sim’ à esperança, que disse ‘sim’ a uma nova etapa, a um governo que lutou por eles apesar de, em certas províncias, os eleitores terem recebido até ameaças de grupos armados para que votassem na candidata que os representa”, acrescentou Noboa, sem acompanhar a denúncia com evidências, embora tenha garantido “que tem provas”.

Com 96,6% dos votos apurados, Noboa recebeu 44,16% dos votos e González, 43,94%. Mesmo com a apuração não finalizada, o presidente disse que venceu o primeiro turno, destacando que a Ação Democrática Nacional (ADN), sua coalizão, é a “principal força política do país”.

Falando no Palácio de Carondelet, o presidente declarou que os dados apresentados pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) “não batem com a contagem rápida da OEA [Organização dos Estados Americanos], que nos deu um número maior”.

A OEA enviou uma missão de observação eleitoral ao Equador, composta por mais de 80 pessoas, embora ainda não tenha divulgado seu relatório preliminar, algo que já foi feito pela missão de observação eleitoral da União Europeia (UE), que relatou não ter provas de fraude no processo eleitoral.

Noboa afirmou ainda que apresentou impugnações e “passou essa informação aos observadores da OEA”.

“Nós passamos a informação ao CNE, isso existiu e mesmo assim muitas pessoas corajosas foram e disseram: ‘Não, vou votar em Noboa de qualquer maneira, não me importa’”, contou.

O chefe de Estado equatoriano explicou também que não comentou imediatamente os primeiros resultados oficiais parciais porque houve “muitas irregularidades”.

Antes da entrevista do atual presidente, González havia alegado “inconsistências” em várias atas de votação e que ela teria ficado dois pontos percentuais acima de Noboa no primeiro turno, mas também não apresentou provas.

Mais de 13,7 milhões de equatorianos foram convocados às urnas para as eleições gerais para o período 2025-2029, com uma participação de mais de 83% do censo eleitoral.



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