Uma funcionária da OMS (Organização Mundial da Saúde) lançou uma campanha de microfinanciamento com o objetivo de arrecadar US$ 1 bilhão (cerca de R$ 5,80 bilhões) para compensar a saída do principal doador da organização, os EUA. Até o momento, mais de US$ 100 mil dólares (R$ 580 mil) foram arrecadados.
A ideia de Tania Cernuschi, economista especializada em desenvolvimento, surgiu logo após o anúncio da retirada dos EUA da OMS. A meta de conseguir US$ 1 bilhão considerou a contribuição em 2022 e 2023 do país, que foi de US$ 1,3 bilhão (cerca de R$ 7,54 bilhões). O valor é 16% do orçamento da organização.
A campanha chamada “One dollar, One world” (um dólar, um mundo), apoiada pela Fundação da OMS que é encarregada de arrecadar fundos, teve sucesso imediato.
“Peço US$ 1 a um bilhão de pessoas, para um total de US$ 1 bilhão. As pessoas podem doar mais”, diz Cernuschi. De acordo com ela, cerca de 20 pessoas doaram mais de US$ 500.
Nesta quarta-feira (5), a Argentina também anunciou intenção em sair da organização.
Segundo Manuel Adorni, porta-voz do presidente argentino Javier Milei, a decisão foi baseada nas profundas diferenças do país em relação à gestão sanitária da OMS, especialmente durante a pandemia de Covid-19.
Mais de 3.000 doadores participaram até o momento da campanha lançada por Cernuschi.
O presidente dos EUA, Donald Trump, justificou a retirada do país da OMS devido à diferença entre as contribuições de Washington e Pequim e acusou a organização de “enganar” os Estados Unidos.
Durante o primeiro mandato, Trump já havia tentado, em 2020, retirar o país da OMS, acusando a organização de ter gerido mal a pandemia de Covid-19 e de ser “controlada pela China”. Mas seu sucessor, o democrata Joe Biden, reverteu a decisão antes que ela entrasse em vigor.
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