— Ele já estava fazendo a cirurgia há algum tempo, fazendo os testes motores etc. E ele já tinha suspeitado. Ele falou assim: “É que eu estou preocupado com algumas coisas”. E eu só pensando: “Ele está preocupado com a pressão dele, que estava com pouca elevada, preocupado com o resultado da cirurgia”… “É, mas eu tenho uma preocupação para amanhã”. E eu: “Mas com o que será que ele está preocupado? Com o pós-operatório, o ambiente da UTI, porque ele vai passar a noite lá, com a rotina… Com o que ele está preocupado”? Aí, lá para frente, ele estava mais tranquilo, eu já tinha implantado os eletrodos efetivamente, e perguntei: “Mas com o que o senhor está preocupado”? E ele: “Estou preocupado com o jogo do Flamengo de amanhã”. Falei: “Não” (gargalhada). Sendo flamenguista, eu entendi perfeitamente. Outros não entenderiam, eu entendi total.
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