O novo ministro da Saúde, Alexandre Padilha (PT), trocou metade dos oito secretários que compõem a cúpula da pasta. Ele ainda alterou o cargo de dois integrantes do primeiro escalão que já atuavam na equipe de Nísia Trindade.
As mudanças atingiram áreas estratégicas da Saúde, como a SVSA (Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente). O setor lida com a crise da dengue, entre outras emergências sanitárias, desastres ambientais e na organização de campanhas de vacinação.
A secretaria será comandada pela médica e sanitarista Mariângela Simão. Ela é ex-diretora-geral adjunta da OMS (Organização Mundial da Saúde) e atuava como diretora-presidente do ITpS (Instituto Todos pela Saúde).
Em nota, a Saúde destaca que a nova composição respeita a paridade de gênero. No desenho anterior, havia três mulheres e outros cinco homens entre os secretários, mas Nísia ocupava a principal função do ministério.
O médico Adriano Massuda será nomeado ao cargo de secretário-executivo da Saúde, uma espécie de vice-ministro. Ele chefiava a Saes (Secretaria de Atenção Especializada à Saúde), pasta que administra o programa Mais Acesso a Especialistas.
O programa é uma das principais apostas da gestão Lula na saúde ao prometer encurtar o tempo de espera para consultas e procedimentos no SUS. Massuda foi secretário-executivo substituto da Saúde em 2011 e 2012, durante a gestão anterior de Padilha na Saúde. Ele ainda participou, em 2022, da banca de doutorado do novo ministro.
O médico Mozart Sales irá comandar a Saes. Ele era assessor especial de Padilha na SRI (Secretaria de Relações Institucionais), onde participava de discussões entre o governo e o Congresso sobre a liberação das emendas, entre outras atividades.
O Ministério da Saúde concentra cerca de metade do valor indicado anualmente por deputados e senadores.
Lula tem cobrado que o Ministério da Saúde emplaque uma ação de maior visibilidade. No discurso de posse, Padilha disse que a obsessão de sua gestão será reduzir o tempo de espera para atendimentos especializados.
Padilha manteve nos cargos a secretária de Informação e Saúde Digital, Ana Estela Haddad, além do secretário de Saúde Indígena, Ricardo Weibe Tabepa.
A Secretaria de Atenção Primária será comandada pela médica Ana Luiza Caldas, que já foi diretora do Ministério da Saúde. Antigo chefe da pasta, o médico Felipe Proenço foi deslocado ao comando da Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde.
Padilha também escolheu Fernanda De Negri, economista e diretora do Ipea, para chefiar a secretaria responsável pela análise e incorporação de novos tratamentos ao SUS, além das parcerias entre laboratórios públicos e privados para a produção de medicamentos e vacinas. O setor é uma das apostas do governo Lula para reduzir a dependência de produtos fabricados no exterior.
A equipe de Padilha no Ministério da Saúde:
- Secretária-Executiva: sai Swedenberger Barbosa e entra Adriano Massuda;
- Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente: sai Ethel Maciel e entra Mariângela Simão;
- Secretaria de Atenção Especializada à Saúde: sai Adriano Massuda e entra Mozart Sales;
- Secretaria de Atenção Primária: sai Felipe Proenço e entra Ana Luiza Caldas;
- Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação e do Complexo Econômico-Industrial da Saúde: sai Carlos Gadelha e entra Fernanda De Negri:
- Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde: sai Isabela Pinto e entra Felipe Proenço;
- Secretaria de Informação e Saúde Digital: permanece Ana Estela Haddad;
- Secretaria de Saúde Indígena: permanece Ricardo Weibe Tapeba;
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