O Parlamento Europeu revogou, nesta terça-feira (1º), a imunidade do eurodeputado de extrema direita Petr Bystron, da Alemanha. Ele está envolvido em um escândalo relacionado a uma montagem de fotos com saudações nazistas.
Em 2022, Bystron publicou na rede social X uma imagem manipulada em que figuras públicas da Alemanha apareciam fazendo o gesto de levantar o braço direito, uma saudação associada ao regime nazista, em direção ao ex-embaixador ucraniano em Berlim, que havia sido demitido.
“Políticos alemães dão adeus”, dizia a legenda. O gesto é reconhecido como símbolo de apoio ao regime de Adolf Hitler.
O legislador pertence ao partido de extrema direita AfD (Alternativa para a Alemanha). A suspensão de sua imunidade foi um pedido da Justiça do seu país.
Na sessão desta terça, o plenário em Estrasburgo aprovou, em maioria, o pedido da Procuradoria-Geral de Munique, apresentado em agosto.
O Parlamento alemão já havia retirado a imunidade de Bystron em 2023, mas o político foi posteriormente eleito para uma cadeira no Legislativo da União Europeia.
Em outro escândalo, que eclodiu no ano passado, o parlamentar negou ter recebido dinheiro do site Voice of Europe para espalhar propaganda pró-Rússia.
De acordo com o jornal tcheco Denik N, Bystron era suspeito de manter contato com o portal, que funcionaria como uma fachada para uma rede russa visando influenciar a política europeia, incluindo o Parlamento Europeu, por meio de pagamentos elevados.
Na época, de acordo com a Deutsche Welle, o deputado disse ser vítima de uma “campanha de difamação contra políticos de seis partidos europeus”, supostamente arquitetada para barrar o avanço de partidos da direita populista na Europa.
A AfD, partido de Bystron, obteve um grande avanço nas eleições gerais de fevereiro, conquistando a segunda maior bancada no Bundestag, com 152 cadeiras, o maior número alcançado pelo partido desde a sua fundação. Esse crescimento reflete a ascensão do extremismo no país e o encolhimento das legendas de centro.
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