O Centro de Estudos e Dados sobre Desigualdades Raciais (Cedra) divulgou nesta sexta-feira (21) uma pesquisa sobre políticas públicas e o enfrentamento das desigualdades no país. O estudo se baseia em números da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, do IBGE, entre os anos de 2012 e 2023.
Nos recortes sobre mercado de trabalho, a análise mostra que pessoas negras ganham menos do que as brancas —inclusive na mesma função. Também aponta profissões em que uma cor de pele é maioria: enquanto mais de 60% dos carpinteiros e trabalhadores de serviços domésticos são negros, a maioria dos juízes, médicos e engenheiros é branca.
A desigualdade se reflete em outros indicadores demográficos: a maioria dos lares onde a renda é de até um salário mínimo por morador tem pessoas negras como chefes de família. Pesquisas anteriores também indicam o custo dessas divisões para essa população.
O Café da Manhã desta sexta discute a desigualdade racial no mercado de trabalho —e como ela se comportou na última década. Hélio Santos, presidente do conselho deliberativo do Cedra e da Oxfam Brasil, explica o que os dados da pesquisa dizem sobre o cotidiano dos brasileiros e analisa o impacto das politicas públicas no enfrentamento à discriminação racial no país.
O programa de áudio é publicado no Spotify, serviço de streaming parceiro da Folha na iniciativa e que é especializado em música, podcast e vídeo. É possível ouvir o episódio clicando acima. Para acessar no aplicativo, basta se cadastrar gratuitamente.
O Café da Manhã é publicado de segunda a sexta-feira, sempre no começo do dia. O episódio é apresentado pelos jornalistas Gabriela Mayer e Gustavo Simon, com produção de Gustavo Luiz, Laura Lewer e Lucas Monteiro. A edição de som é de Raphael Concli.
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