Isenção de impostos, bolsas e benefícios em dinheiro a cada filho e incentivos à inseminação artificial estão entre as medidas adotadas por diferentes governos para estimular o aumento das taxas de natalidade. Países têm sofrido com uma mudança demográfica que já traz consequências e demanda revisões em políticas públicas: um envelhecimento maior da população combinado a um número cada vez menor de filhos.
Nações como Coreia do Sul, Japão, os países nórdicos, Hungria, França e até a China estão entre aqueles que já olham com preocupação para os significados na redução de nascimentos. De um lado, por preocupações econômicas, de outro, por preocupações culturais.
Mais recentemente, a preocupação demográfica tem se encontrado com plataformas ideológicas que abraçam o natalismo como bandeira. Figuras como o premiê da Hungria, Viktor Orbán, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o bilionário Elon Musk estão entre os que defendem o crescimento da procriação. O movimento abraça conceitos conservadores de família e tem sido comparado ao movimento eugenista, por fazer proposições racistas.
O Café da Manhã desta segunda-feira (17) fala do movimento pró-natalista e de como ele une a transformação demográfica a bandeiras ideológicas. As repórteres da Folha Angela Boldrini e Bárbara Blum, autoras de uma série de reportagens sobre o tema, contam o que baseia o discurso de quem defende o aumento da população, tratam dos incentivos para o aumento da natalidade e discutem as transformações culturais por trás disso.
O programa de áudio é publicado no Spotify, serviço de streaming parceiro da Folha na iniciativa e que é especializado em música, podcast e vídeo. É possível ouvir o episódio clicando acima. Para acessar no aplicativo, basta se cadastrar gratuitamente.
O Café da Manhã é publicado de segunda a sexta-feira, sempre no começo do dia. O episódio é apresentado pelos jornalistas Gabriela Mayer e Gustavo Simon, com produção de Laura Lewer, Lucas Monteiro e Gustavo Luiz. A edição de som é de Raphael Concli.
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