Depois de 467 dias de guerra, o governo de Israel e o grupo terrorista palestino Hamas acertaram nesta quarta-feira (15) os termos de um cessar-fogo previsto para durar seis semanas. O acordo, que deve começar a valer no domingo (19), é visto como passo importante para encerrar o mais duradouro conflito aberto na região.
O anúncio foi confirmado pelo presidente eleito dos Estados Unidos Donald Trump, que toma posse em cinco dias. O atual chefe da Casa Branca, Joe Biden, que já tinha apresentado um plano similar de cessar-fogo no ano passado, também marcou posição sobre o tema. Os detalhes do acordo foram anunciados pelo Qatar, um dos mediadores da negociação.
O acordo deve ter três etapas. Na primeira, o Hamas libertará 33 dos 98 reféns israelenses que ainda estão com o grupo desde os ataques de 7 de Outubro de 2023, gatilho do conflito. Em troca, Israel soltará cerca de mil dos 12 mil prisioneiros palestinos no país. O texto prevê ainda a retirada gradual de tropas israelenses de Gaza e o reforço da ajuda humanitária à região.
O Café da Manhã desta quinta-feira (16) discute o que significa o cessar-fogo agora e analisa quem ganha e quem perde com o acordo. O jornalista Diogo Bercito, mestre em estudos árabes, trata dos símbolos de um anúncio às vésperas da posse de Trump e do futuro que está no horizonte para palestinos, israelenses e para o Oriente Médio.
O programa de áudio é publicado no Spotify, serviço de streaming parceiro da Folha na iniciativa e que é especializado em música, podcast e vídeo. É possível ouvir o episódio clicando acima. Para acessar no aplicativo, basta se cadastrar gratuitamente.
O Café da Manhã é publicado de segunda a sexta-feira, sempre no começo do dia. O episódio é apresentado pelos jornalistas Gabriela Mayer e Gustavo Simon, com produção de Laura Lewer e Paola Ferreira Rosa. A edição de som é de Thomé Granemann.
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