Empresa tenta se livrar de ação por violação de direitos autorais. Sarah Silverman no palco do Oscar em 2016
REUTERS/Mario Anzuoni
A Meta, dona do Instagram e outras redes, pediu a um tribunal dos Estados Unidos que considere que a empresa não violou a lei de direitos autorais ao usar livros para treinar seu sistema de inteligência artificial.
O escritor Ta-Nehisi Coates, a comediante Sarah Silverman e outros autores processaram a Meta em 2023, afirmando que a empresa usou versões piratas de seus livros para treinar a IA sem sua permissão.
Na última segunda-feira (25), a empresa disse para um juiz federal que fez “uso justo” dos livros no desenvolvimento de seu modelo de linguagem para IA, chamado Llama. E que, por isso, o processo deveria ser rejeitado.
Segundo a empresa, seu treinamento de IA está protegido pela doutrina jurídica que permite o uso não autorizado de material protegido por direitos autorais em determinadas circunstâncias.
Procurados nesta terça-feira (26), os advogados dos autores não responderam de imediato.
A Meta argumentou que seu uso foi transformador, ao treinar o Llama para “servir como tutor pessoal em praticamente qualquer assunto, auxiliar na ideação criativa e ajudar usuários a gerar relatórios corporativos, traduzir conversas, analisar dados, escrever códigos e compor poemas ou cartas para amigos”.
“O que ele não faz é replicar os livros dos demandantes ou substituir a leitura deles”, disse a big tech.
“A Meta queria os livros por seu conteúdo expressivo – justamente a questão protegida pela lei de direitos autorais”, afirmaram os autores do processo.
“Mas, em vez de pagar aos detentores dos direitos autorais, a Meta sistematicamente pegou e alimentou cópias inteiras de obras pirateadas em seus LLMs (modelos de linguagem) para extrair esse conteúdo expressivo sem ter que pagar.”
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