O PT buscou minimizar o anúncio do PDT de que está deixando a base do governo Lula, e acredita que uma reaproximação é provável. “Fiquei surpreso com essa decisão. Talvez seja uma coisa temporária, não acredito que vá se manter com o tempo”, diz o presidente petista, o senador Humberto Costa (PE).
A avaliação foi reforçada pelo fato de que a bancada pedetista Senado disse ter sido pega de surpresa com a decisão e anunciou que permanecerá ligada ao governo. Houve reclamações mesmo entre os deputados do partido de que não foram consultados pelo presidente da legenda, o ex-ministro Carlos Lupi.
Segundo Costa, a decisão dos pedetistas de se declararem independentes é “um pouco difícil de entender”. “Infelizmente a situação chegou num ponto em que o próprio Lupi considerou que era difícil continuar na frente do ministério”, diz.
Apesar disso, ele afirma que o governo sofre um prejuízo, e não apenas pela questão do número de deputados a menos na base. “Também pela simbologia do PDT, um partido de esquerda que tem estado conosco há muitos anos”, afirma.
Ele também minimiza o risco de o PDT aliar-se a partidos de centro-direita na eleição de 2026.
“Risco sempre há, mas temos tempo suficiente para compor e conversar até lá. Acho que uma aproximação com a direita seria incoerente com a história do PDT”, afirma.
Já na centro-direita o anúncio foi bem recebido. O PSDB, que chegou a negociar com os pedetistas uma federação no ano passado, diz que pretende retomar os contatos. “O PDT naturalmente vai precisar de alianças futuras”, diz o deputado tucano Aécio Neves (MG).
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