Há cinco anos, em 24 de março de 2020, entrava em vigor o decreto de quarentena no estado de São Paulo. O anúncio foi feito dias antes pelo então governador João Doria (PSDB). A medida, que a princípio duraria 15 dias, foi motivada pelo combate à pandemia de coronavírus.
Na ocasião, o número de mortes pela doença havia subido de 6 para 15 no estado, e o boletim da secretaria de Saúde informava que 396 pessoas estavam contaminadas pela doença.
Enquanto parte da população se isolava em casa por causa do fechamento do comércios e serviços não essenciais, como lojas, bares, cafés e restaurantes, fotógrafos da Folha saiam às ruas para registrar o trabalho de grupos essenciais, como médicos, enfermeiros, motoristas e coveiros.
“Mostrar as covas abertas era uma forma de chamar atenção e alertar sobre o que era a Covid”, conta o fotógrafo Lalo de Almeida.
Eduardo Knapp lembra como foi acompanhar a virada de 2020 para 2021 na esvaziada e silenciosa avenida Paulista, em São Paulo, e Karime Xavier relata a “ressurreição” da primeira mulher que pegou Covid-19, mas se curou.
Ao contrário dos colegas, Danilo Verpa não podia sair de casa por causa da gestação de sua esposa. Ele fotografou o final da gravidez, incluindo consultas médicas e momentos de solidão em casa.
No final daquele ano foram contabilizadas 194 mil mortes. Até o fim do estado de emergência em saúde pública por causa do vírus, anunciado em maio de 2023, o país contabilizou 666 mil mortes.
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