O Reino Unido anunciou, nesta sexta-feira, novas sanções contra pessoas ligadas ao círculo próximo do presidente da Rússia, Vladimir Putin, quase um ano após a morte na prisão do opositor Alexei Navalny.
Em um comunicado divulgado hoje, o Ministério das Relações Exteriores britânico disse que as medidas incluem figuras importantes que trabalham para o governo russo, como o vice-ministro da Defesa, Pavel Fradkov, e Vladimir Selin, que chefia um departamento dentro do Ministério da Defesa.
Esta nova rodada de sanções ocorre um ano após a morte repentina do líder da oposição russa Alexei Navalny em uma prisão no Ártico.
O anúncio de Londres coincide com o anúncio do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de que iniciará negociações para pôr fim à guerra russo-ucraniana no âmbito da conferência de Munique, que começa hoje.
As novas sanções britânicas também têm como alvo Artem Chaika, proprietário de uma empresa extrativa e filho de um membro do Conselho de Segurança russo. Os três indivíduos sancionados hoje também aparecem na lista de 50 pessoas ligadas à corrupção elaborada por Navalny.
O governo britânico também impôs sanções a duas entidades com ligações à gigante russa de energia nuclear Rosatom, que apoia a atividade militar russa no campo de batalha na Ucrânia.
O anúncio das medidas britânicas ocorre no momento em que o titular do Ministério das Relações Exteriores, David Lammy, participa hoje de uma conferência de segurança, em Munique, onde deve se encontrar com a viúva de Navalny, Yulia Navalniya.
“Estou anunciando novas sanções para manter a pressão sobre Putin. Os ucranianos estão lutando pelo futuro de seu país e pelo princípio de soberania da Europa nas linhas de frente”, disse Lammy na nota.
O ministro das Relações Exteriores disse que quase um ano após a morte de Alexei Navalny, ele estava “honrado” em se encontrar com sua viúva e “deixar claro o compromisso britânico de enfraquecer as tentativas de Putin de reprimir a oposição política e erradicar as atividades corruptas do Kremlin em nível global”.
“Pedimos aos nossos amigos e aliados que continuem a intensificar seus esforços diante da contínua agressão russa”, disse.
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