Os governos do Reino Unido e da França pretendem pressionar o presidente americano Donald Trump a apoiar um plano de cessar-fogo na Ucrânia que envolva a criação de uma missão de paz europeia com 30 mil tropas, segundo o The Wall Street Journal.
A proposta surgiu na semana passada, quando Trump começou a negociar um cessar-fogo diretamente com o ditador Vladimir Putin, sem incluir países europeus, entre eles a própria Ucrânia.
Britânicos e franceses estão dispostos a mandar seus militares para a Ucrânia, mas querem que os Estados Unidos ofereçam apoio antiaéreo e de inteligência às tropas desdobradas no terreno. Os Estados Unidos não só descartaram enviar suas próprias tropas para a Ucrânia, como Trump tem reproduzido notícias falsas sobre a guerra.
Tanto Keir Starmer, primeiro-ministro britânico, quanto o presidente da França, Emmanuel Macron, têm reuniões agendadas com Trump nesta semana para discutir o tema. Macron deve se reunir com Trump nesta segunda-feira (24), quando a guerra completa três anos. Starmer deve ter uma conversa com o americano na quinta-feira (27). Os encontros devem acontecer nos Estados Unidos.
O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky afirmou que depois dessas reuniões vai se reunir com Macron, Starmer e com outros líderes europeus para discutirem os próximos passos.
Caso britânicos e franceses convençam o presidente americano, as tropas de ambos os países, juntamente com as forças navais e o poder aéreo, formariam uma espécie de “espinha dorsal” de uma chamada força de segurança na Ucrânia. Segundo autoridades europeias, essa organização não seria implantada na linha de frente no leste da Ucrânia, mas sim com a missão de proteger infraestruturas vitais, cidades e portos, inclusive no Mar Negro. Drones e satélites monitorariam a linha de frente para determinar se a Rússia estava cumprindo o cessar-fogo.
Apesar do grande plano de implementar tropas europeias na região, a iniciativa inglesa e francesa não pretende substituir as forças de Kyiv.
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