segunda-feira , 17 março 2025
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repressão ao crime organizado reduz tráfico de cocaína



A ofensiva do governo de Javier Milei contra o crime organizado na Argentina já apresenta resultados expressivos. Segundo a ministra da Segurança, Patricia Bullrich, a repressão às gangues de narcotráfico bloqueou as rotas de exportação de cocaína e fez os índices de homicídios despencarem, especialmente em Rosario, cidade epicentro da violência ligada ao tráfico de drogas.

Em entrevista à agência Reuters nesta sexta-feira (7), Bullrich destacou que 2024 foi um ano marcante no combate ao tráfico na Argentina.

“Tivemos apreensões recordes de cocaína, e isso gerou grande respeito por nós, tanto regionalmente quanto na Europa, porque [em 2024] nenhuma remessa da Argentina foi detectada na Europa”, afirmou.

De acordo com a agência, a Argentina era um ponto estratégico para o tráfico internacional de drogas, recebendo cocaína da Bolívia e do Peru para distribuição no mercado europeu, utilizando portos como o de Rosario. Contudo, segundo Bullrich, as ações adotadas pelo governo Milei através de seu ministério interromperam esse fluxo. Segundo veiculou a Reuters, dados do Ministério da Segurança confirmam que nenhuma remessa de cocaína enviada da Argentina chegou aos portos europeus no último ano.

Queda histórica nos homicídios em Rosário

Por sua vez, a cidade de Rosário, conhecida pelo avanço do narcotráfico e da violência nos últimos anos, registrou uma queda drástica no número de assassinatos. Em 2024, foram 90 homicídios, o menor número da última década, segundo estatísticas locais veiculadas pela Reuters. Para efeito de comparação, em 2023, durante o governo peronista de Alberto Fernández, os homicídios em Rosário chegaram a mais de 200.

“Decidimos atacar duramente as gangues”, disse Bullrich. Segundo ela, a colaboração entre o governo federal e as administrações locais foi fundamental para os avanços na segurança, além de um endurecimento das decisões judiciais.

Outra medida essencial foi o isolamento dos chefes do crime organizado que já estão presos, que utilizavam as penitenciárias como centro de operações para continuar comandando suas redes de tráfico.

“Retiramos o poder dos chefes do narcotráfico dentro das prisões, que usavam essas instalações para continuar suas atividades criminosas. Nós os isolamos”, explicou Bullrich à Reuters.

Outra frente de atuação do governo Milei é o fortalecimento da segurança nas fronteiras, especialmente com a Bolívia e o Brasil, consideradas como pontos de entrada principais da droga que abastecia o crime na Argentina. Bullrich anunciou que um trecho de muro será construído na província de Salta, no norte do país, na fronteira com a Bolívia, para dificultar a circulação de traficantes. Além disso, novas operações de monitoramento e vigilância estão sendo implementadas nas fronteiras com o Brasil, com a mobilização de tropas para a região.

Cooperação com o Paraguai no combate ao crime organizado

Em outra medida para ampliar a segurança na região, a Argentina assinou nesta sexta-feira um acordo de cooperação militar com o Paraguai para reforçar a vigilância nas áreas fronteiriças. O compromisso foi firmado entre o ministro da Defesa da Argentina, Luis Petri, e seu homólogo paraguaio, Óscar Luís González Cañete, em um encontro realizado em Clorinda, na província de Formosa, na Argentina.

“Aqui nos reúne um inimigo comum, que é o crime organizado em todas as suas formas. Isoladamente podemos fazer algo, mas agora que temos a oportunidade de coordenar as ações, nos sentimos muito mais fortes e confiantes”, declarou González Cañete.

A parceria prevê a criação de um sistema de monitoramento conjunto, com o uso de drones, radares e sensores inteligentes para vigiar a região em tempo real. Além disso, operações combinadas entre as forças armadas dos dois países serão intensificadas. “Estamos assumindo o compromisso, através de ações concretas e do trabalho das Forças Armadas de Argentina e Paraguai, de combater desafios e flagelos comuns”, destacou Petri.

A aliança entre os dois países também visa fortalecer o intercâmbio de informações de inteligência e melhorar a comunicação entre os órgãos de segurança. O governo argentino, que já tem 10.000 militares posicionados no norte do país, anunciou que parte dos drones adquiridos recentemente será destinada à vigilância das fronteiras com o Paraguai.



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