O secretário de Estado americano, Marco Rubio, disse que não participará da cúpula de ministros das Relações Exteriores do G20, que será realizada em Joanesburgo em 20 e 21 de fevereiro, alegando “antiamericanismo” do governo da África do Sul.
Rubio fez o anúncio numa publicação no X na noite de quarta-feira (5). A África do Sul ocupa até novembro a presidência do G20, grupo das maiores economias do mundo.
“Não participarei da cúpula do G20 em Joanesburgo. A África do Sul está fazendo coisas muito ruins. Expropriando propriedade privada. Usando o G20 para promover ‘solidariedade, igualdade e sustentabilidade’. Em outras palavras: DEI [sigla para ações de diversidade, equidade e inclusão] e mudança climática”, escreveu Rubio.
“Meu trabalho é promover os interesses nacionais dos Estados Unidos, não desperdiçar dinheiro do contribuinte ou mimar o antiamericanismo”, disparou.
O comentário de Rubio sobre expropriação de propriedades privadas é uma referência a uma lei recém-promulgada pelo presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, que permite a desapropriação de terras sem indenização em determinadas circunstâncias.
Há alguns dias, o presidente americano, Donald Trump, já havia comentado que cogita cortar ajuda financeira à África do Sul, sob as justificativas da lei recém-publicada e de que o país africano estaria “tratando certas classes de pessoas muito mal”.
Na ocasião, Ramaphosa escreveu no X que a África do Sul não está “confiscando” terras e que a nova lei visa garantir “acesso à terra de forma equitativa e justa, conforme orientado pela constituição”. Ele afirmou que está disposto a conversar com Trump para esclarecer os pontos da legislação e falar sobre relações bilaterais.
O presidente sul-africano acrescentou que, exceto por um programa de resposta à aids, os Estados Unidos não participam de outros programas de ajuda na África do Sul.
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