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Trump assina primeiros decretos após posse – 20/01/2025 – Mundo


Em seu primeiro comício após tomar posse como presidente dos Estados Unidos, Donald Trump assinou nesta segunda-feira (20) uma série de medidas controversas. Entre elas, a retirada da nação do Acordo de Paris e a revogação de 78 ações executivas implementadas por seu antecessor, Joe Biden.

Trump assinou as ordens diante de milhares de apoiadores no ginásio Capital One Arena, em Washington. Nas palavras do republicano, as medidas dão início à “restauração completa” dos EUA e à “revolução do senso comum”. “É tudo sobre senso comum”, disse ele horas antes, em seu discurso de posse, a despeito de que parte dos atos é criticada por organizações que atuam com direitos humanos e sustentabilidade.

O decreto mais ruidoso, embora já esperado, foi a retirada dos EUA do Acordo de Paris, pacto assinado em 2015 pela comunidade internacional com o objetivo de reduzir as emissões de gases-estufa que agravam o aquecimento global.

Trump já havia dito, mais cedo, que revogaria estímulos à produção de energia limpa. De acordo com o republicano, os EUA têm sob o solo grandes reservas de “ouro líquido”, em referência ao petróleo, que têm de ser exploradas para acabar com o que ele chamou de crise inflacionária provocada pela escalada dos preços da energia.

Não menos controverso foi o decreto que prevê “acabar com a censura”, embora as medidas que serão implementadas para tal não tenham sido especificadas. Segundo Trump, durante anos houve “esforços federais ilegais e inconstitucionais para restringir a liberdade de expressão”.

Trump defende o que chama de liberdade de expressão para as big techs, o que se traduz por uma ampla desregulamentação do mercado, além de bloqueio de qualquer tentativa de adotar leis para coibir abusos, como vinham tentando os legisladores democratas e Biden.

Diante dos apoiadores, o novo presidente ainda assinou decreto que determina o congelamento de novas contratações federais. A ação, segundo o republicano, mira o que chamou de burocratas do governo Biden.

Trump, em sua fala no Capital One, também reiterou algumas de suas promessas, incluindo o perdão às pessoas que invadiram o Capitólio em 6 de janeiro de 2021, descritas por ele como reféns. O republicano deve assinar decreto sobre o tema ainda nesta segunda, na Casa Branca.

O novo presidente já tinha discursado mais cedo durante as solenidades da posse, mas num contexto mais formal e para uma plateia pequena dentro do Capitólio. A fala no Capital One foi a sua estreia diante de um público amplo no novo governo —o local tem capacidade para até 20 mil pessoas.

O presidente, que tinha se segurado no discurso oficial de posse, aproveitou o ensejo para falar de modo mais aberto. Ele mencionou inclusive que tinha sido aconselhado a não falar das pessoas que chamou de reféns durante a cerimônia no Capitólio para evitar fomentar um clima divisivo no país. Foi um discurso clássico do republicano, com as repetições e as digressões típicas do seu estilo.

A plateia do Capital One não era o que o republicano tinha em mente, a princípio. Ele queria reunir multidões nos gramados diante do Congresso americano. O clima, porém, o forçou a mudar de planos de última hora e transferir o evento para um espaço fechado. Durante o dia, a sensação térmica chegou a -12ºC —insuportável, mesmo para quem se agasalhou.

Trump, no entanto, conseguiu em certa medida tirar vantagem desse revés. Transformou o evento em uma espécie de show. Ao entrar no ginásio, passou entre o público, sorrindo e apertando as mãos de alguns de seus simpatizantes. Demonstrou o carisma que marcou a sua carreira. Era um cenário familiar, como o de seus tantos comícios de campanha.

Alguns dos aliados de Trump discursaram antes dele no Capital One. Elon Musk, dono do X, fez algumas das falas mais fortes. O bilionário descreveu a eleição de Trump como uma “vitória da civilização” e acenou ao público com o braço erguido, no que foi criticado depois como demasiado parecido com uma saudação nazista.



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