Conforme havia adiantado no fim de semana, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, impôs nesta segunda-feira (10) tarifas de 25% sobre as importações de alumínio e aço do país.
Segundo informações do jornal The New York Times, a medida foi implementada por meio de duas proclamações oficiais assinadas no início da noite (horário de Brasília) por Trump.
A Casa Branca informou que não serão oferecidas exceções e que o presidente republicano orientou os funcionários de alfândega a aumentar “drasticamente” a supervisão dessas importações. A medida entrará em vigor em 4 de março.
“As tarifas de aço e alumínio 2.0 acabarão com o dumping estrangeiro, impulsionarão a produção doméstica e protegerão nossas indústrias de aço e alumínio como a espinha dorsal e as indústrias-bases da segurança econômica e nacional dos Estados Unidos”, declarou o conselheiro de Trump na área de comércio, Peter Navarro, segundo a agência Reuters.
No seu primeiro mandato (2017-2021), Trump já havia imposto tarifas extras sobre esses produtos, mas depois abriu exceções.
A medida desta segunda-feira afetará fortemente Canadá, Brasil e México, que juntos responderam por mais da metade das mais de 26 milhões de toneladas de aço compradas pelos americanos em 2024.
Desde a posse para seu segundo mandato, em 20 de janeiro, Trump vem anunciando a imposição de tarifas extras sobre compras americanas de outros países.
O presidente americano prometeu impor tarifas extras de 25% sobre importações de produtos da Colômbia após o mandatário Gustavo Petro ter se negado a continuar recebendo voos de deportação de migrantes. O colombiano cedeu e tais taxas foram suspensas.
Depois, Trump ameaçou aplicar a mesma porcentagem sobre importações do México e do Canadá caso estes países não tomassem providências contra a entrada de fentanil e imigrantes ilegais nos Estados Unidos.
Essas medidas foram suspensas por um mês depois que os países vizinhos se comprometeram a enviar 10 mil militares cada para suas fronteiras com os EUA.
Trump também impôs tarifas de 10% sobre produtos chineses devido ao envio de fentanil ao território americano; Pequim respondeu com taxas como 15% sobre carvão e gás natural liquefeito (GNL) e 10% sobre petróleo bruto.
O presidente americano disse que ainda nesta semana “tarifas recíprocas” serão impostas sobre mais importações. “Muito simples, se eles [outros países] nos cobram, nós cobramos deles”, justificou.
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