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Lar Política Vídeo: Gleisi visita Glauber e defende revisão da decisão – 12/04/2025 – Poder
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Vídeo: Gleisi visita Glauber e defende revisão da decisão – 12/04/2025 – Poder

A ministra de Relações Institucionais de Lula, Gleisi Hoffmann, e o chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, Sidônio Palmeira, foram à Câmara dos Deputados na tarde deste sábado (12) visitar o deputado Glauber Braga (PSOL-RJ), que está em um dos plenários das comissões da Casa em greve de fome desde a noite de quarta (9).

O deputado do PSOL iniciou o protesto após o Conselho de Ética da Câmara recomendar, por 13 votos a 5, a cassação do seu mandato.

Em abril de 2024, Glauber chutou e empurrou um membro do MBL (Movimento Brasil Livre) que, nas redes sociais, tem várias publicações em que provoca políticos de esquerda e jornalistas.

A palavra final é do plenário da Câmara, mas ainda não há data para que essa votação ocorra.

Glauber está dormindo em um colchão improvisado ao lado da mesa de comando do plenário 5 das comissões da Casa.

Ele está sendo acompanhado em esquema de revezamento por médicos e assessores, segundo quem ele tem ingerido apenas soro e outras bebidas isotônicas nesse período. A sua esposa, a deputada Sâmia Bomfim (PSOL-SP), também o está acompanhando durante o dia.

A Folha esteve no local neste sábado. Glauber não está dando entrevistas e demonstra leve abatimento. No início da tarde, ele deixou a sala da comissão por alguns minutos para tomar um banho de sol do lado de fora do prédio.

No dia anterior, a chefia de gabinete do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), visitou o plenário 5 das comissões para averiguar as condições.

Na visita, os ministros de Lula —que estavam acompanhados do líder da bancada do PT, Lindbergh Farias (RJ)— defenderam que a Câmara reveja a decisão e mantenha o mandato do deputado.

Na conversa com Glauber, Gleisi chamou a decisão do Conselho de Ética de “julgamento político” e demonstrou indignação. Na saída, disse ter considerado a decisão do conselho injusta.

“Eu não conversei com o presidente Lula desde que ele retornou de viagem. Essa não é uma matéria de governo, é uma matéria interna da Casa. [Mas] a gente tem um apelo sempre aos parlamentares para rever essa posição. Eu, particularmente, considero uma decisão muito injusta, desproporcional”, disse a ministra.

O caso de Glauber tem representado uma exceção no Conselho de Ética da Câmara, órgão conhecido por um extenso histórico de leniência e corporativismo.

O tratamento diferenciado ocorre porque Glauber tem atuação parlamentar marcada pelo confronto com colegas, o que lhe rendeu a antipatia de boa parte deles. Ele foi, por exemplo, um dos principais críticos de Arthur Lira (PP-AL) e atribui ao ex-presidente da Casa a articulação para lhe retirar o mandato, o que Lira nega.

Glauber também é crítico do chamado “orçamento secreto”, modelo de distribuição de emendas entre os parlamentares que escamoteava a origem de boa parte delas.

De acordo com pessoas próximas, parlamentares do PSOL e de partidos de esquerda com mais trânsito com outras legendas tentarão negociar uma punição mais branda para o parlamentar nos próximos dias.

Lindbergh disse que está conversando com partidos e com Hugo Motta.

Pelas regras da Casa, apesar da recomendação do Conselho de Ética, é possível ao plenário tomar decisão distinta, desde o arquivamento como a aplicação de sanções menos graves, como afastamento ou censura escrita.

A decisão do plenário é tomada em votação aberta por ao menos metade de seus integrantes (257 de 513). O PSOL integra a base do governo Lula e um ministério, com Sonia Guajajara (Povos Indígenas).

Em nota divulgada na manhã deste sábado, a assessoria do parlamentar disse que ele está mantendo hidratação, com sinais vitais e pressão arterial dentro de parâmetros, e que completou ao meio dia 84 horas de jejum —o parlamentar teria se alimentado pela última vez no final da noite de terça.

“O grupo que acompanha Glauber oferece, alternadamente, água, solução isotônica e água de coco. Assim, o parlamentar mantém-se hidratado e despende energia somente em demandas indispensáveis”, diz a nota.

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