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X Games terão juiz experimental de inteligência artificial – 22/01/2025 – Esporte


Nos X Games de Inverno deste ano, que ocorrerão de quinta (23) a sábado (25) em Aspen, nos Estados Unidos, os juízes observarão atentamente os atletas, como fazem desde a primeira edição do evento, em 1997, analisando cada giro, salto e manobra.

Mas, desta vez, também dará suas opiniões, em caráter experimental, um juiz de inteligência artificial.

Durante as competições na categoria SuperPipe do snowboard, câmeras de vídeo capturarão os movimentos de cada atleta, e a IA usará essas informações para fazer o que faz de melhor e fornecer uma pontuação para a apresentação.

É um teste: os humanos ainda decidirão as pontuações oficiais e as medalhas, como de costume, mas os comentaristas e o público na TV também verão as avaliações da IA, que, por enquanto, não serão computadas na pontuação oficial.

Jeremy Bloom, CEO dos X Games e ex-esquiador de estilo livre, vê a IA como um potencial “superpoder” para os juízes.

“Eu diria que às vezes os humanos cometem erros”, disse Bloom, que também jogou na NFL, a liga de futebol americano dos Estados Unidos. “Isso não quer dizer que a IA não cometerá erros também, especialmente neste estágio inicial, mas nosso objetivo é dar essa ferramenta aos juízes, para que possam usá-la em sua cabine.”

A tecnologia tem assumido cada vez mais papéis nos esportes profissionais. Juízes de linha no tênis foram amplamente substituídos por chamadas eletrônicas, câmeras fazem decisões de impedimento no futebol ao milímetro, e até mesmo a MLB, a liga norte-americana de beisebol, está testando zonas de “strike” automatizadas.

Com o tempo, a IA pode se tornar também uma ferramenta importante para os juízes em uma série de eventos com julgamento, como snowboard, saltos ornamentais e surfe. Uma ferramenta de IA chamada Sistema de Suporte ao Julgamento já foi usada por juízes nos campeonatos mundiais de ginástica artística.

O COI (Comitê Olímpico Internacional), em sua “Agenda de IA” divulgada no ano passado, afirmou que “a IA pode ajudar a reduzir o viés humano no julgamento e na arbitragem” e “oferecer análise em tempo real”. A entidade reconheceu, porém, que estava “ainda no início de sua jornada com IA”.

Nos X Games em Buttermilk Mountain, em Aspen, Colorado, nesta semana, a IA ajudará a julgar o evento no qual snowboarders realizam truques lançando-se de um canal em forma de U com seis metros de altura ou mais. A ferramenta de IA que será usada nos X Games foi desenvolvida em colaboração com o Google Cloud –Sergey Brin, cofundador do Google, é um amigo de longa data de Bloom.

Além de fornecer pontuações, a ferramenta pode oferecer informações cruciais sobre as descidas individuais de snowboard. Afinal, quando os locutores ou juízes declaram que movimentos rápidos, em imagens que mais parecem um borrão de membros em uma prancha, são, por exemplo, um triplo 1620, quão certos estão eles?

“Às vezes, você erra os truques porque eles estão girando muito rapidamente”, disse Bloom. “Mas este modelo é realmente preciso em sua capacidade de dizer: ‘Bem, isso foi um cab 1400’.”

A IA também pode ajudar os atletas em seu treinamento. A ferramenta que os X Games estão usando tem a capacidade, segundo Bloom, “de lembrar todas as descidas na história”, ajudando os atletas a aprimorar tanto seus truques para obter pontuações mais altas.

O CEO dos X Games vê um papel para a IA em vários esportes, ou “em qualquer lugar onde o olho não consiga acompanhar o que o atleta está fazendo”.

Modalidades com julgamento e aplicação de notas passam frequentemente por questionamentos e produzem por vezes vencedores duvidosos, com chiadeira dos fãs. A IA tem o potencial de silenciar essas reclamações.

Então, chegará o dia em que a IA assumirá e aposentará os juízes humanos de vez?

“Eu, pessoalmente, acho que não. Mas acho que a IA em parceria com os juízes pode trazer mais objetividade para esportes subjetivos, e isso é realmente importante para mim”, respondeu Bloom.

“Olha, às vezes nós humanos precisamos de ajuda. E, se você pode nos dar a capacidade de ver de maneira melhor os truques, ver as aterrissagens mais claramente e entender de maneira melhor a estrutura de julgamento, eu posso usar isso como um recurso enquanto calibro minhas pontuações. Cara, isso é muito legal.”



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