O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), confirmou nesta quarta-feira (2) que irá participar de ato na avenida Paulista no fim de semana convocado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a favor da anistia aos envolvidos nas manifestações golpistas de 8 de janeiro.
Zema não esteve na manifestação convocada por Bolsonaro em Copacabana, na qual participaram os governadores Tarcísio de Freitas (Republicanos), de São Paulo, Cláudio Castro (PL), do Rio de Janeiro, Jorginho Mello (PL), de Santa Catarina, e Mauro Mendes (União Brasil), do Mato Grosso.
“Estarei em São Paulo no próximo domingo, às 14h, sou favorável à anistia”, disse o governador em entrevista a jornalistas em Brasília após participar de um evento do setor sucroalcooleiro.
Zema, cotado como presidenciável nas eleições do ano que vem, tem feito gestos públicos para se aproximar de Bolsonaro nas últimas semanas.
Ele e outros governadores de direita buscam atrair o espólio eleitoral do ex-presidente, que está inelegível.
Há uma semana, após a Primeira Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) aceitar a denúncia contra Bolsonaro e outros sete acusados de integrarem o núcleo central de uma trama golpista de 2022, Zema chamou o ex-presidente de maior líder da oposição.
“Espero que a Justiça seja feita e que ele recupere seus direitos políticos”, escreveu Zema no X (antigo Twitter) na última quinta (27).
No dia seguinte, ele celebrou nas redes sociais a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF, que liberou para prisão domiciliar a cabeleireira Débora Rodrigues dos Santos, que pichou a estátua “A Justiça” durante o ataque à praça dos Três Poderes.
Em entrevista publicada pela Folha no último fim de semana, Bolsonaro citou Zema como “uma pessoa que faz uma boa gestão” ao ser perguntado sobre nomes que disputam seu espólio eleitoral.
O ex-presidente, porém, faz questão de ressaltar que todos os seus planos envolvem a própria candidatura à Presidência.
Ao mesmo tempo em que tenta se aproximar de Bolsonaro, Zema tem repetido uma série de ataques contra o presidente Lula (PT), em uma tentativa de nacionalizar seu nome para a disputa nacional.
Na última terça (1º), republicou um vídeo em que o petista diz durante um programa de TV, ainda na campanha de 2022, que o povo voltaria a comer picanha e afirmou que “para petista todo dia é 1º de abril”.
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