Após protagonizar uma troca de farpas pública com Lula (PT) em eventos em Minas Gerais, o governador Romeu Zema (Novo) voltou à ofensiva contra o presidente nesta quinta-feira (13).
Em vídeo publicado em suas redes sociais, Zema afirmou que ficou assustado após o encontro com o presidente, a quem definiu como “desconectado da realidade”.
“Ele veio aqui em Minas de certa maneira se posar como pai dos pobres e dizer que só ele e o Getúlio [Vargas, ex-presidente] é que trabalharam pelos mais necessitados. Esse filme nós brasileiros já vimos e não gostamos”, disse o governador mineiro.
Os dois estiveram juntos em duas cerimônias na última terça-feira (11) no estado. Em Betim, trocaram farpas sobre número de auxiliares e a dívida estadual.
Em Ouro Branco, o presidente se dirigiu diretamente ao governador ao instá-lo a listar as obras financiadas no governo de Jair Bolsonaro (PL), aliado de Zema, no estado.
“O Zema é governador há seis anos. Ele governou quatro anos com Bolsonaro. O Zema, no próximo discurso que ele tiver, quero que ele traga para mim quanto é que o Bolsonaro colocou no estado de Minas Gerais”, disse Lula na ocasião.
O governador, que tinha se manifestado antes do petista no evento, decidiu estender o embate com um áudio divulgado por sua assessoria e agora com o vídeo em suas redes sociais.
“Esse presidente modo avião talvez seja um motivo dele não se lembrar do desastre que foi o governo PT para o Brasil em 2015-16 [no governo Dilma Rousseff]. O governo que provocou a maior crise, a maior recessão da história”, disse Zema.
“Aquela crise lá atrás foi criada com a mesma receita que ele está seguindo agora. Gastança, irresponsabilidade fiscal, e a economia crescendo com anabolizante”, completou o governador.
Citado como possível candidato à Presidência nas eleições de 2026, Zema tem elevado suas críticas ao governo Lula na tentativa de reforçar a imagem de um antagonista ao petista.
O objetivo é cacifar seu nome de forma nacional e torná-lo mais competitivo em pesquisas eleitorais entre os governadores da direita cotados a assumir o espólio de Bolsonaro, que está inelegível.
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